Paulo Henrique Amorim, sobre Lula, Dilma e o Golpe

Se vivo estivesse, ele concordaria com quase todas as afirmativas de Ciro Gomes


PHA só discordaria pelo arrependimento de Ciro por ter atuado com protagonismo contra o golpe, ali ele não estava defendendo a presidenta Dilma, e sim o mandato legitimado pelo voto popular, pontuando que o próprio Ciro já se manifestou em vídeo fazendo essa reparação. Partindo da declaração da Dilma que chamou Ciro de mentiroso, ele poderia ter admitido por exemplo, que havia mentido para seus eleitores ao garantir que Dilma seria a melhor opção para o país em duas eleições.

Sobre a polêmica envolvendo Ciro, Lula e Dilma, vamos recordar momentos históricos registrados no blog “Conversa Afiada” em 18/05/2018, do saudosíssimo Paulo Henrique Amorim, para em duas abordagens trazer fatos que convergem com as afirmativas do pedetista.

01 – Sobre Lula ter conspirado contra Dilma

Este fato trazido por Ciro Gomes se encontra com a afirmativa de PHA sobre as articulações de dois personagens centrais dos governos Dilma, José Eduardo Cardozo e Aloízio Mercadante, em que ambos conspiravam contra Lula nas investidas da operação Lava jato, abrindo caminho para o segundo se consolidar como presidenciável petista em 2018, desatrelando totalmente o partido de Lula. Ressaltando ainda que nas eleições de 2006 o “dossiê dos aloprados” contra José Serra, foi um plano de Mercadante que causou enorme desgaste a candidatura Lula, inclusive levando a disputa contra Alckmin para o segundo turno. Se a cúpula do governo Dilma conspirava contra Lula, seria mais do que óbvio que o ex-presidente se defendesse da mesma maneira, conspirando contra seus algozes petistas, podendo até inseri-lo naquele grampo do Sergio Machado, da Transpetro, de “fazer um grande acordo, com supremo e tudo”.

02 – Sobre os adjetivos de Ciro contra a presidenta Dilma

A incompetência, a inapetência e o despreparo de Dilma Roussef na condução do país entre 2011 e 2016, é apenas uma constatação de muitas cabeças pensantes da própria esquerda, vide as opiniões de Paulo Henrique Amorim e Mino Carta, dois jornalistas dos mais respeitados pelo próprio Lula, sobre os governos Dilma, um “desastre ferroviário”, ou uma “diarreia indonésia”, e sobre esses adjetivos não se cogitou qualquer possibilidade de viés misógino porte de Mino Carta e Paulo Henrique Amorim.

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