Salve a rainha do caos!
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM ITAPERUNA
Excelentíssimo Senhor Procurador da República
Da
representação
Trata-se de
representação exercida por Frederico Sueth Rangel, em face da administração
pública municipal nas pessoas da prefeita do município, e os secretários de
saúde que passaram pela prefeitura entre os anos de 2010 e 2013. Tal
representação se deve pela maneira irresponsável que a prefeita do município com
a conivência de todos os secretários de saúde neste período vem lidando com a questão da crise do hospital São Vicente de Paulo, em que estes
conduziram de maneira sórdida e irresponsável pela manutenção constante da
crise vivida pelo hospital, senão vejamos.
Dos
fatos
É de conhecimento de
todos, inclusive deste órgão ministerial a grave crise em que vive o único
hospital de Bom Jesus do Itabapoana, que pelo seu porte este nosocômio sempre
atendeu a outros municípios vizinhos, inclusive os capixabas Bom Jesus do Norte
(principalmente depois do fechamento do Hospital Jamile Salim), Apiacá e até um
tempo atrás São José do Calçado, este teve seu hospital recuperado por uma terceirização com
convênio com SUS, que hoje atende a muitos pacientes de Bom Jesus do Itabapoana
desde 2011.
Os motivos mais
propagados desde 2010 que levaram o hospital a essa crise jurídica/financeira,
foram devido a gestões irresponsáveis que lesaram os cofres do hospital,
inclusive tenho conhecimento que há quinze inquéritos policiais na delegacia de
polícia em Bom Jesus do Itabapoana, inclusive com um réu confesso em
depoimentos, além de representações neste núcleo de tutela coletiva.
Há também quem diga
que a instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal fez com que antigos
gestores não soubessem conduzir as gestões dos convênios e empréstimos com os
rigores da LRF.
Da
conduta da prefeita mediante a crise da H.S.V.P.
Porém esses fatos são
demasiadamente propagados pela prefeita e seus seguidores como se a solução
imediata para os problemas do hospital seria a justiça de maneira imediata investigasse,
apurasse e julgasse todos os responsáveis, fazendo assim que os bens desses
fiquem indisponíveis e recuperados para o hospital de maneira imediata. E todos
sabem que esses processos poderão levar mais de uma década para serem
concluídos e os cofres do hospital devidamente ressarcidos.
Os governistas sustentam o foco nesta questão para justamente desviar o descaso do poder público, pois desde 2010 que nenhum gestor do hospital cometeu qualquer desvio, e o poder público a partir de então não apresentou absolutamente nenhuma medida para resolver essa crise em defintivo.
Os governistas sustentam o foco nesta questão para justamente desviar o descaso do poder público, pois desde 2010 que nenhum gestor do hospital cometeu qualquer desvio, e o poder público a partir de então não apresentou absolutamente nenhuma medida para resolver essa crise em defintivo.
No entanto senhor
procurador, desde junho de 2011 que venho acompanhando de perto a conduta do
governo não somente com a crise do hospital, mas em toda esfera
administrativa do município, e não tenho dúvidas em afirmar que a prefeita de
maneira sórdida e irresponsável vem conduzindo a gestão pública única e
exclusivamente com objetivos políticos/eleitoreiros e pessoais, seja para sua própria
reeleição em 2012, como na preparação do terreno político para seus aliados
peemedebistas da capital para as eleições de 2014. E que na crise do Hospital
São Vicente de Paulo a prefeita passou de todos os limites da demagogia e da
desmoralização das instituições públicas e democráticas.
Faço tal afirmativa
pelo fato de que em junho de 2011 o Hospital São Vicente de Paulo já se
encontrava há oito meses sob a gestão do presidente Adeildo Gomes de Rezende, e
nesta época o novo presidente do hospital dava sinais de que estava se
iniciando uma nova fase do hospital, fazendo assim com que nosso histórico
hospital se recuperasse de maneira sustentável.
Tal afirmativa vem de
encontro nas conquistas realizadas pela nova gestão, que seria o convênio com a
FAPERJ no valor de R$ 600.000,00 para a aquisição dos equipamentos da nova UTI,
no qual este convênio teve destacada participação do vereador Luciano Nunes na
viabilização deste. Inclusive havia a expectativa articulada pelo citado vereador de que instalada a nova UTI,
o governo municipal se responsabilizaria por toda equipe de médicos e
plantonistas para a nova UTI entrar em funcionamento. Porém até o momento a
nova UTI está parada e sem perspectiva de entrar em funcionamento.
Neste mesmo período o
presidente Adeildo Resende conseguiu através de emendas parlamentares diversos convênios com o
ministério da saúde para a aquisição de diversos equipamentos para o hospital,
que junto a nova UTI em funcionamento viabilizaria de maneira factível a
recuperação plena do hospital, o valor total dos convênios firmados no final de
2010 que expiraram em dezembro de 2012 totalizaram a monta de R$ 1.750.000,00.
Entretanto senhor
procurador, esses R$ 1.750.000,00 conveniados entre o Ministério da Saúde e o
Centro Popular Pró Melhoramentos teria de que ser realizado em repasse de
“fundo a fundo”, do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde de
Bom Jesus do Itabapoana.
Com isso a consolidação
deste convênio de R$ 1.750.000,00 para aquisição de equipamentos para o
hospital, dependia primordialmente da boa vontade da prefeita em autorizar o
repasse do fundo nacional de saúde para o fundo municipal de saúde de Bom Jesus
do Itabapoana, para depois a prefeitura repassar os recursos ou os equipamentos
licitados pela própria prefeitura para o Centro Popular Pró Melhoramentos
contemplar o hospital São Vicente de Paulo com uma nova gama de equipamentos
que incrementaria de maneira substancial a receita arrecada pelo hospital.
Importante ressaltar
que até o final de 2011 o Centro Popular Pró Melhoramentos ainda não estava
negativado no Cadastro Único de Convênios (CAUC, o que impossibilita A EMISSÃO
DAS CERTIDÕES NEGATIVAS DE DÉBITOS PARA ESTABELECER CONVÊNIOS OU RECEBER
EMENDAS PARLAMENTARES), o que viabilizaria completamente todos esses convênios
estabelecidos, o que deixa claro que estes somente não foram consolidados por
pura falta de vontade política da prefeita do município, tanto é que acima temos as imagens com os convênios consolidados.
Ainda saliento senhor
procurador que no dia 16 de maio de 2012 (SETE MESES ANTES DO TÉRMINO DA VIGENCIA
DOS CONVÊNIOS) eu publiquei em meu blog uma reportagem alertando este fato dos
convênios parados, e o Jornal O Norte Fluminense repercutiu esse fato, mas
mesmo assim a prefeita não se interessou por estes, e nada foi feito para a consolidação desses convênios que tiveram a vigência vencida em dezembro de2012.
E
porque a prefeita agiu com extrema indiferença a essas duas conquistas da
direção do hospital em 2011?
Ao passo que a equipe
gestora do hospital anunciava essas conquistas e a gestão eficiente implantada
por Adeildo Rezende se repercutia pelo município, nos bastidores políticos seu
nome circulava com desenvoltura como o candidato capaz de unir as oposições e
representar de fato uma renovação política em Bom Jesus do Itabapoana para as
eleições de 2012.
E isso alarmou a
prefeita, e com isso ela asfixiou o quanto pode a gestão de Adeildo Rezende,
lembrando que por cinco vezes ele procurou a prefeita para renegociar o
convênio estabelecido entre a prefeitura e o hospital para os serviços de
urgência e emergência, obstetrícia e maternidade e o centro de hemoderivados
(banco de sangue), pois entre 2009 e 2012 a prefeitura repassava apenas de R$ 70.000,00 a R$
148.000,00 por mês para o hospital colocar e funcionamento esses três serviços
que são de responsabilidade única e exclusiva do município, e a prefeita em
momento algum sinalizou que atenderia tal demanda.
A situação chegou ao
limite em março de 2012 no qual o hospital estava com quatro meses de salários
atrasados, os servidores do hospital promoveram a primeira paralização, e sem
alternativas administrativas e sem apoio político do poder executivo ou legislativo, o presidente Adeildo Gomes de Rezende renunciou à
presidência do hospital, e a prefeita assim aniquilando um adversário político
para 2012 antes mesmo que este decolasse, e ele ainda se candidatou, mas como
vice-prefeito da chapa liderada por Samuel Júnior (PT), mas sua candidatura foi
mais por falta de opção do petista para compor sua chapa, do que pela projeção
de seu nome político.
E no mesmo mês de
março de 2012 assumiu interinamente a direção do hospital, com o Dr. Celso Ribeiro
assumindo a presidência e a direção técnica, o Dr. Davson diretor clínico e o
Dr. Nivaldo Ladeira como tesoureiro, salvo engano. Ambos assumiram a missão de
maneira voluntária e sem remuneração, novamente se criava a expectativa de
recuperação do hospital.
E logo assim que o Dr. Celso Ribeiro assumiu o hospital, a prefeita sinalizou com um adiantamento no valor de R$ 1.244.000,00 pelo fundo estadual de saúde para quitar os cinco meses de salários atrasados dos servidores do hospital.
E logo assim que o Dr. Celso Ribeiro assumiu o hospital, a prefeita sinalizou com um adiantamento no valor de R$ 1.244.000,00 pelo fundo estadual de saúde para quitar os cinco meses de salários atrasados dos servidores do hospital.
E logo assim que foi
oficiado o adiantamento do estado, a prefeita foi para o rádio para propagar o
grande feito, levando consigo o novo presidente do hospital, em que ela durante
o período eleitoral o tratou com extrema atenção, inclusive com Dr. Celso
assumindo publicamente seu apoio político pela reeleição da prefeita, com ele
se fazendo presente no palanque da prefeita no comício da Praça Governador
Portela.
Prefeita anuncia o pagamento de seis meses de salários atrasados com o adiantamento de R$ 1.244.000,00 na festa da Barra do Pirapetinga no dia 30 de maio de 2012
Mas como havia dito,
este ADIANTAMENTO feito pelo estado ao hospital, foi condicionado ao desconto
nos próximos repasses dos atendimentos do SUS que seriam realizados pelo
estado, se não me falha a memória, o valor a ser descontado mensalmente seria
de R$ 104.000,00. E para que esse desconto do repasse mensal do SUS não
asfixiasse as finanças do hospital, a prefeita se comprometeu verbalmente com
presidente interino do hospital de que elevaria o convênio estabelecido entre o
hospital e a prefeitura dos então R$ 148.000,00 para R$ 300.000,00 propostos
pelo então presidente interino do hospital.
Prefeita anuncia o pagamento de seis meses de salários atrasados com o adiantamento de R$ 1.244.000,00 na festa da Barra do Pirapetinga no dia 30 de maio de 2012
E o ápice da demagogia
e da manipulação política da prefeita com o hospital se deu no dia 03 de
outubro de 2012, faltando QUATRO DIAS
para as eleições a prefeita com a companhia do governador Sergio Cabral, do
vice Luíz Fernando Pezão prometeu em plena Praça Governador Portela que ela e o
governador iriam quitar os meses de salários em atraso, e não satisfeita, a
prefeita no dia seguinte (04-10-2012) promoveu um farto café da manhã, em que
neste ela se reuniu com quase rodos os servidores do hospital para justamente
ratificar a promessa feita por ela no dia anterior e na companhia do GOVERNADOR
DO ESTADO.
Trata-se de um claro ESTELIONATO ELEITORAL praticado pela prefeita,
tendo em vista que ela venceu as eleições com uma pequena margem de 108 votos,
e o hospital conta com 150 servidores, que se convertem em 150 famílias com
potencial de votos que poderíamos multiplicar por três por exemplo, que mesmo
ela não tendo votação unânime entre esses servidores, mas se metade votassem
nela já seria o suficiente para ela se sagrar vencedora das eleições de 2012,
agindo de maneira sórdida e covarde ao alimentar nas centenas de servidores do
hospital a falsa expectativa de que estes teriam um fim de ano tranquilo, ledo
engano senhor procurador!
Mas devido ao fato de
não haver tempo legal para representar tal fato na justiça eleitoral, neste
fato relatado eu me reporto a uma repugnante violação do princípio
constitucional da MORALIDADE previsto do
artigo 37 da constituição federal de 1988, em que a senhora Maria das
Graças Ferreira Motta estava naquela reunião matinal com os servidores do
hospital como a PREFEITA DO MUNICÍPIO em campanha pela sua reeleição, e ela
descaradamente mentiu e ludibriou não só os servidores do Hospital São Vicente
de Paulo, mas toda a sociedade bom-jesuense, a prefeita simplesmente PISOTEOU NO DECORO NESTE LAMENTÁVEL
FATO registrado em vídeo e amplamente veiculado no www.blogdofrederico.com.
Enquanto a prefeita
não estabelecia o novo convênio em virtude do período eleitoral, o Dr. Celso
Ribeiro chegou a conclusão que o caminho a seguir para recuperar o hospital,
além do reajuste do convênio, seria a terceirização da nova UTI do São Vicente
em que ele travou uma longa e criteriosa negociação entre o Centro Popular Pró
Melhoramentos e a equipe médica do Dr. Samaene para que estes assumissem toda a
operação para colocar a UTI do hospital em pleno funcionamento, o que
viabilizaria a reativação do centro cirúrgico do hospital, incrementando assim
a receita do hospital com as cirurgias que iriam gerar 100% do lucro para o
hospital.
No entanto entre
junho e outubro de 2013, os salários dos servidores do hospital já estavam em
atraso, devido a defasagem do convênio de R$ 148.000,00 e pelo desconto das
parcelas do adiantamento de R$ 1.244.000,00 de abril de 2012.
Em novembro de 2012
os vereadores da legislatura passada (2009/2012) aprovaram por unanimidade uma
emenda no valor de R$ 600.000,00 para direcionar ao pagamento de parte dos
salários atrasados do servidores do hospital, na proposição para o orçamento de
2013, tal iniciativa dos vereadores foi estimulada pela promessa feita pela
prefeita que iria quitar os atrasos salariais dos servidores do hospital.
Mas a prefeita VETOU esta emenda e a atual legislatura APROVOU este veto em sessão extraordinária realizada no dia 14 de janeiro de 2013, em que somente os vereadores Ricardo Aguiar e Moacir Almeida votaram contra o veto da prefeita a esta emenda de R$ 600.000,00, e os vereadores Celso Rezende e Clério Tadeu se ausentaram da sessão.
Mas a prefeita VETOU esta emenda e a atual legislatura APROVOU este veto em sessão extraordinária realizada no dia 14 de janeiro de 2013, em que somente os vereadores Ricardo Aguiar e Moacir Almeida votaram contra o veto da prefeita a esta emenda de R$ 600.000,00, e os vereadores Celso Rezende e Clério Tadeu se ausentaram da sessão.
Passado as eleições e
com a prefeita sagrando-se vencedora, em novembro de 2012 iniciou-se a eleição
para o conselho deliberativo do Centro Popular Pró Melhoramentos para o biênio
2013/2014, em que concorriam duas chapas, a chapa “1” que era composta
majoritariamente pelo conselho deliberativo da época, e pela chapa “2” composta
por membros de conselhos anteriores, e liderada pelo senhor Paulo Emílio Bastos
Guerra, atual secretário de saúde do município.
E os ânimos se
acirraram nessas eleições devido a investida feita por Guerra na véspera das
eleições em que gerou grande mal estar entre os membros da chapa “1”, tal
situação chegou ao ponto do Dr. Celso Ribeiro, então presidente interino do
hospital vir a público para manifestar seu repúdio perante a conduta de Paulo
Guerra, e que na ocasião ele declarou apoio incondicional à chapa “1”.
E esta chapa “1”
sagrou-se vencedora das eleições, deixando claro que havia um acordo entre os
membros postulantes ao conselho deliberativo do CPPM, de que o Dr. Celso
Ribeiro permaneceria a frente da direção do hospital, logo assim que ele
entregasse o cargo que ele estava ocupando interinamente.
E entre novembro e
janeiro o presidente interino do hospital, Dr. Celso Ribeiro, percebeu que a
prefeita não iria honrar com o compromisso firmado em maio de 2012, e começou a
tornar público pelas redes sociais, de que a prefeita não estava cumprindo com
suas obrigações, e que sem o reajuste do convênio entre a prefeitura e o
hospital, ele entregaria os três serviços conveniados, (Urgência e Emergência,
Banco de Sangue e Maternidade e obstetrícia) de volta à prefeitura, que é a
responsável exclusiva pela manutenção desses serviços.
Esse convênio entre o
hospital e a prefeitura não deixa sombras de dúvidas que a prefeitura de Bom
Jesus do Itabapoana vem causando um rombo nas finanças do hospital. Pois se
entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2013 a prefeita repassou R$ 148.000,00 por mês, e o Dr. Celso
apresentou uma proposta mínima de R$
300.000,00 por mês para a manutenção desses serviços de obrigação do município,
o déficit mensal de R$ 152.000,00
proporcionado por esse convênio, ultrapassaria a monta de R$ 6.000.0000,00
nesses 49 meses de convênio pago a R$ 148.000,00 por mês.
Este valor de R$
6.000.000,00 seriam o suficiente para quitar todas as dívidas trabalhistas que
estão em juízo (Que giram em torno de R$ 3.500.000,00), e que impossibilitam o
hospital obter as certidões negativas de débitos, e assim estabelecer convênios
e receber emendas parlamentares, sobrando ainda uma quantia mais que necessária
para quitar os seis meses de salários em atraso.
Há
de se debater a responsabilidade do município neste processo falimentar em que
vive o Hospital São Vicente de Paulo, pois partindo de uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, em que esta corte de contas havia multado a prefeita em R$ 7.219,00 por conta de não prestação de contas acerca do convênio entre a prefeitura e o Hospital São Vicente de Paulo no ano de 2003.
Senhor procurador, se calcularmos e corrigirmos os valores sonegados pela prefeitura ao hospital desde 2003, não tenho dúvidas em afirmar que o valor total ultrapassaria o valor da dívida atual do hospital, ue gira em torno de R$ 26.000.000,00. Há de se cobrar responsabilidades tanto dos gestores do município, como os membros do conselho deliberativo do Centro Popular Pró Melhoramentos em todos estes anos, por estes permitirem que se estabelecesse um convênio tão lesivo aos cofres do hospital, e por um período tão longo.
Senhor procurador, se calcularmos e corrigirmos os valores sonegados pela prefeitura ao hospital desde 2003, não tenho dúvidas em afirmar que o valor total ultrapassaria o valor da dívida atual do hospital, ue gira em torno de R$ 26.000.000,00. Há de se cobrar responsabilidades tanto dos gestores do município, como os membros do conselho deliberativo do Centro Popular Pró Melhoramentos em todos estes anos, por estes permitirem que se estabelecesse um convênio tão lesivo aos cofres do hospital, e por um período tão longo.
No entanto senhor
procurador, a partir do momento em que o presidente interino do hospital tornava
público que a prefeita não cumpria com suas obrigações frente ao hospital, e
que entregaria os supracitados serviços de responsabilidade do município,
ocorreu uma reviravolta que até os dias de hoje não há nenhuma justificativa
plausível para o fato do conselho deliberativo formado pela chapa “1”, que foi
publicamente apoiada pelo Dr. Celso Ribeiro, e que havia ainda um acordo tácito
entre os membros desta chapa pela manutenção do Dr. Celso na presidência, ter
mudado completamente de postura perante ao que fora acordado anteriormente.
E para surpresa de
todos este mesmo conselho deliberativo não reconduziu o Dr. Celso Ribeiro à
presidência do hospital, formando assim um novo grupo gestor do hospital sob a
presidência interina da senhora Ivana Gomes dos Santos, acumulando a
presidência do Centro Popular Pró Melhoramentos e a presidência do hospital,
com a senhora Maria Tereza Braga assumindo a tesouraria e o Dr. Rossini Tavares
a frente ao jurídico do conselho deliberativo do hospital.
Aliados a estes três
novos gestores do hospital, ainda haviam os senhores José Ary Loureiro Borges,
Ésio Moraes Campos e Élbio Tinoco Mathias Netto, estes três como membros colaboradores, pois estranhamente estes
somente vieram a ser filiados como membros do Centro Popular Pró Melhoramentos em dezembro
de 2012, logo depois das eleições do conselho deliberativo do CPPM.
E para terem
fundamento e motivo para o inesperado descarte do Dr. Celso Ribeiro Ferreira da
gestão do hospital, o Dr. Rossini Tavares procurou encontrar subterfúgios
jurídicos e financeiros para desqualificar o contrato assinado entre o Centro Popular Pró
Melhoramentos e a equipe médica do Dr. Samaene para a terceirização da UTI, sendo
que este contrato foi submetido e aprovado ao jurídico do conselho deliberativo
do biênio 2010/2012, e com o conhecimento e aprovação dos mesmos membros do
atual conselho deliberativo.
É inaceitável romper um contrato unilateralmente com a alegação de que este não seria financeiramente inviável, como se o hospital não fosse filantrópico, sem fins lucrativos e certificado como de utilidade pública. Ainda cabe salientar que toda a estrutura da UTI se deve a recursos de origem pública através de um convênio com a FAPERJ, para atender ao público, e por conta de atuações irresponsáveis em todas as esferas, esta moderna UTI financiada com recursos públicos está parada desde 2011.
É inaceitável romper um contrato unilateralmente com a alegação de que este não seria financeiramente inviável, como se o hospital não fosse filantrópico, sem fins lucrativos e certificado como de utilidade pública. Ainda cabe salientar que toda a estrutura da UTI se deve a recursos de origem pública através de um convênio com a FAPERJ, para atender ao público, e por conta de atuações irresponsáveis em todas as esferas, esta moderna UTI financiada com recursos públicos está parada desde 2011.
Cabe salientar senhor
procurador que o Dr. Rossini Tavares chegou ao ponto de desqualificar o contrato
assinado entre o CPPM e a equipe do Dr. Samaene como se fosse um contrato de má fé, fazendo com que a credibilidade
do hospital ficasse seriamente comprometida por conta de uma ruptura contratual
unilateral e sem motivo legal comprovado.
Salienta-se também
senhor procurador que nesta mesma chapa “1” que sagrou-se vencedora nas eleições
do conselho deliberativo do Centro Popular Pró Melhoramentos contava com o Dr.
Silvestre Almeida Teixeira, principal advogado da prefeita também em centenas de
processos de todas as searas possíveis e imaginadas, ficando evidente que a
prefeita aparelhou as duas chapas que concorreram na eleição do CPPM em
novembro de 2012, sendo que chapa derrotada era liderada pelo atual secretário
de saúde do município.
E estranhamente os
três membros colaboradores (José Ary, Ésio Campos e Élbio Neto) não
permaneceram por sessenta dias sequer junto com a nova gestão do hospital,
segundo informou a presidente Ivana que os advogados dos colaboradores o
aconselharam a deixar essa empreitada temendo problemas futuros.
E a professora Ivana
Gomes conseguiu incrementar a receita do hospital com a assinatura do novo
convênio de R$ 230.000,00 e com campanhas de arrecadação como o bingão do
hospital promovido em abril de 2013, com a rifa de um lote de bezerros, e com
outras doações, mantendo assim a folha de pagamento em dia até o mês de julho
de 2013, que devido aos bloqueios judiciais nas contas do hospital, a situação
começou a ficar insustentável ocorrendo assim a paralização em que se encontra
neste mês de outubro de 2013.
Ressalta-se que nesta assinatura deste novo convênio entre hospital e prefeitura, a presidente do hospital chegou a vislumbrar uma nova era de prosperidade para o hospital, com a prefeita fazendo enorme uso político com esse novo convênio. Porém ao conceder entrevista ao portal de notícias G1 Norte Fluminense a mesma Ivana Gomes afirmou que o convênio entre a prefeitura e o hospital está defasado e que precisava ser revisto.
Ressalta-se que nesta assinatura deste novo convênio entre hospital e prefeitura, a presidente do hospital chegou a vislumbrar uma nova era de prosperidade para o hospital, com a prefeita fazendo enorme uso político com esse novo convênio. Porém ao conceder entrevista ao portal de notícias G1 Norte Fluminense a mesma Ivana Gomes afirmou que o convênio entre a prefeitura e o hospital está defasado e que precisava ser revisto.
Cabe ainda cobrar da prefeita do município acerca da anunciada instalação da Clínica da Família que a prefeita anunciou com grande estardalhaço no inicio deste ano como meta a ser cumprida pelo de investimentos em saúde pública, o que até o momento não passou de um engodo para mais uma vez este governo ludibrias a sociedade bom-jesuense.
E com a paralização
dos servidores do hospital, a prefeita está sendo amplamente cobrada por todos
pelas promessas não cumpridas na véspera das eleições de 2012, e na ânsia de
mostrar para a sociedade que ela tomará alguma medida, ela sinalizou que iria
MUNICIPALIZAR os serviços de Urgência e Emergência, deixando sem resposta o que
será dos demais serviços de obrigação do município amplamente citados nesta
representação.
Ademais senhor
procurador, cabe salientar que atualmente a prefeita é alvo de uma Comissão
Especial de Inquérito na câmara dos vereadores, em que o objeto de investigação
está nas absurdas aquisições de medicamentos por determinação judicial, que
segundo apuração realizada por uma comissão preliminar constatou-se que o
governo está adquirindo medicamentos sem licitação, e com um padrão de
superfaturamento na ordem de 35%, lembrando que o período investigado a secretaria de saúde do município estava sob responsabilidade interina do vice prefeito Jarbas Borges.
E que por diversas vezes o relator desta
comissão investigadora protestou e denunciou na tribuna da câmara que o poder
executivo está deliberadamente obstruindo os trabalhos investigativos.
Considerando que além
dos fatos acima relatados junto com as diversas representações denunciadas
neste órgão ministerial, fica evidente que a prefeita do município, a senhora
Maria das Graças Ferreira Motta está promovendo um trágico processo de
sucateamento do sistema público de saúde do município desde 2010, configurando os crimes
de responsabilidade, de improbidade administrativa e prevaricação previsto em
lei.
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