Ex-presidente do Olympico F.C. esclarece sobre processos no TCE-RJ
Entrevista com doutor Ziraldo Rodrigues nos revela situação
contraditória no processo que resultou nas multas contra ele e a prefeita
Devido a grande repercussão do tema e com a menção do nome do
ex-dirigente do clube, o mesmo me recebeu em seu escritório para prestar os
devidos esclarecimentos sobre os dois processos do TCE-RJ no qual ele é parte
demandada, e suas informações esclarece os pontos no que tange a sua gestão, e
levanta outros questionamentos que abordaremos abaixo.
A título de recordação, o doutor Ziraldo foi punido junto com
a prefeita com multa pelo Tribunal de Contas do Estado do RJ devido a irregularidades na prestação de contas do
convênio estabelecido entre prefeitura e o clube no exercício de 2010, ele
informou que irá recorrer e em sua defesa teremos um fato que fatalmente irá
derrubar esta punição.
Se o exercício financeiro das irregularidades apontadas pela
corte de contas do estado foi no ano de 2010, como podemos responsabilizar o
doutor Ziraldo se ele assumiu a presidência do clube em janeiro de 2011?
Conforme imagem ilustrada ao lado temos o trecho da ata de sua eleição datada
no dia 28 de dezembro de 2010.
Um detalhe que informa nesta ata é que o mandato do
presidente do clube é de UM ANO e o mandato do conselho deliberativo é de DOIS
ANOS, medida de iniciativa do então presidente do conselho deliberativo,
Waldevi Ramos, que causou a primeira crise administrativa entre diretores e
membros do conselho.
Sobre o processo instaurado no TCE no ano de 2012 que se
refere as supostas irregularidades na prestação de contas da subvenção entre
prefeitura e o clube no exercício de 2011, ele informou de maneira documentada que o processo foi
encerrado com o relator Marco Antônio Alencar entendendo que todas as
irregularidades observadas foram sanadas pelo clube, conforme imagem ilustrada
ao lado.
Ele ainda relatou que encontrou o clube com diversas
pendências jurídicas e fiscais que foram todas regularizadas, o que segundo
ele, contribuiu decisivamente para a obtenção das certidões negativas de
débitos pela atual diretoria
Este caso tem muitos contornos políticos desde a posse do
entrevistado, no qual procurei me informar com pessoas do meio político e
ligados ao clube que me relataram que o fato do doutor Ziraldo ter sido
advogado de campanha do candidato Paulo Portugal em 2012, fez com que aumentassem
as já existentes dificuldades impostas pelo executivo em meio a outros
acontecimentos jurídicos inusitados e fortuitos.
Como exemplo ele citou que em
2011 o clube somente começou a receber as mensalidades no mês de junho, tamanha
as dificuldades impostas pelo executivo para consumar o convênio com exigências
jamais impostas em convênios anteriores.
Ele fez questão de salientar em sua defesa que sobre os
processos referentes aos anos de 2011 e 2012, ele frisa que nas prestações de
contas mensais enviadas ao clube para prefeitura, a chefe da divisão de
auditoria e controle interno, Marília Seufitelli, emitia os pareceres com
ressalvas, porém todos aprovados pelo executivo.
Se o município aprova as prestações de contas do clube, nos leva a constatação que o mesmo na condição de concedente das subvenções a responsabilidade das irregularidades apontadas pelo TCE-RJ recai inteiramente no
executivo.
Outro fato recente que contrariou profundamente a prefeita
foi a ação popular movida pelos proprietários de um terreno no bairro Lia
Márcia, no qual a mesma resultou na suspensão judicial da construção de uma
estação elevatória da obra de saneamento do bairro ao lado do terreno dos mesmos,
e o advogado que defendeu a causa contra o interesse do governo foi o doutor
Ziraldo, que merece destaque por ser um dos raros advogados de BJI que ousam
representar contra os interesses da prefeita judicialmente.
Até mesmo a publicação da notícia no site do TCE na mesma
semana em que o mesmo tema foi o centro de um polêmico debate, e que gerou um
grande desgaste para a prefeita e sua base na câmara nos faz imaginar aquilo
que muito se fala dos bastidores do citado tribunal, ainda mais com a
contradição do ano do exercício das irregularidades com o ano em que ele
assumiu o clube.
Fato é que mais uma vez fica esclarecido e ratificado a
disponibilidade jurídica do Olympico Futebol Clube em estabelecer convênios e
subvenções com qualquer esfera de poder público ou iniciativa privada.
Os vereadores Clério Tadeu e Moacir Almeida por uma questão
de conduta pública que o cargo lhes exige, deveriam promover um ato de
desagravo na câmara em defesa da história de nossa única instituição centenária,
e na defesa das pessoas que compõe a atual diretoria e do ex-presidente, doutor
Ziraldo Rodrigues.
Os nobres edis foram extremamente infelizes em denegrirem a
instituição e as pessoas lidadas a ela em defesa do interesse nebuloso da
prefeita.
Comentários
Postar um comentário
Comente sobre este assunto aqui!