Relações pautadas pela mentira

A situação em que se encontram os servidores públicos da prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana é de uma gravidade sem precedentes, o governo que assumiu em 2009 se mantém firme em seu propósito de perseguir, desestimular e desvalorizar os servidores desde 2010 com constantes ataques aos direitos da classe, e para manter a rotina de perseguições e espoliações remunerativas a mentira sempre teve seu lugar garantido nas relações entre o governo carrasco e os “sofredores públicos municipais”.

O atual governo apesar de ter mais de seis anos a frente da prefeitura, somente por duas vezes concedeu reajuste aos servidores que não chegou a 10% somados nos anos de 2012 e 2013, no mais somente tivemos acordos descumpridos e ataques constantes da administração.

Desde janeiro de 2015 que o governo vem propagando uma “crise financeira sem precedentes” na história de Bom Jesus do Itabapoana, com isso a prefeita teve este álibi falso para ludibriar não só os servidores ao negar o reajuste salarial, como toda sociedade ao cerceá-la de atendimento efetivo, além da não realização do carnaval 2015 e o descaso com as festas populares dos distritos.

Na audiência pública de apresentação do resultado financeiro/contábil do município referente ao primeiro quadrimestre de 2015, tivemos a oportunidade de confirmar todos os questionamentos que vínhamos fazendo sobre esta suposta crise propagada pela prefeita desde fevereiro de 2015, pois a própria equipe econômica da prefeita tratou de desmenti-la oficialmente ao apresentar números que nem de longe representam qualquer crise financeira.
Pelo contrário, na apresentação de receita x despesas tivemos um superávit de quase sete milhões de reais, e no caso dos servidores, o governo que permanece contratando ilegalmente sem concurso público nos apresentou que o percentual dos gastos com a folha salarial está em 44%, 8% abaixo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que comprova que a prefeita não concede um reajuste decente aos servidores por que não quer.


Para encerrar esta matéria, temos no vídeo acima o ex-secretário de administração, João César Moraes, em reunião com os servidores concursados e os vereadores em 2010 explicando que apesar da suspensão do pagamento do abono permanente, o governo abriria uma conta corrente específica para depositar o valor que deixaria de ser pago, aproximadamente RR 80.000,00/mês, para no caso dos servidores que reaverem o direito na justiça o governo teria de onde pagar o retroativo.
Passou o empo e mais de duzentos servidores ganharam na justiça o direito do restabelecimento no pagamento do abono permanente, com a obrigação do município pagar o retroativo, porém como a mentira sempre foi regra nas relações governo/servidores, esta conta anunciada pelo “Senhor Tesourão” jamais existiu, e até hoje o retroativo não foi pago.

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