Publicidade oficial, enganosa e requentada – A velha politicagem barata com a crise do H.S.V.P.





O governo publicou em sua página oficial no Facebook as imagens do termo aditivo assinado entre prefeitura e direção do hospital São Vicente de Paulo prorrogando por mais cinco meses o convênio com o PU e a contratualização dos serviços de atendimento SUS prestados pelo nosocômio, para muita gente distraída tal publicação causou a impressão que seria um grande fato novo em benefício ao nosso hospital, nada disso!
Observem que o documento apesar de mencionar o termo “programa de reestruturação” do hospital, o valor informado no mesmo termo aditivo, de R$ 2.985.789,70, se divididos por cinco meses chegamos a conclusão que este festejado termo aditivo somente manterá o processo de asfixia financeira do hospital, sendo que foi mantido os mesmos R$ 250.000,00 para os serviços de urgência e emergência, e outros R$ 347.000,00 para a contratualização dos serviços SUS.

Na reunião promovida pela direção do hospital na câmara dos vereadores, a presidente do hospital quando indagada pelo presidente do sindicato, Rogério Lima, sobre a condição deficitária imposta pelo executivo neste convênio do PU, a presidente admitiu que o mesmo de fato é deficitário em R$ 130.000,00 todos os meses, e que não teria o perfil de se posicionar com firmeza diante do executivo em defesa dos interesses do hospital que ela preside.

Ela ainda concluiu sugerindo que na próxima negociação do convênio que a secretaria de saúde encomendasse uma auditoria de custos neste serviço para que o governo estabeleça o convênio de acordo com o resultado obtido na auditoria, foi o melhor posicionamento da presidente nesta reunião.

Ao observarmos que este termo aditivo está assinado desde o dia 29 de maio de 2015, com validade até o dia 29 de outubro de 2015, temos então a possibilidade da presidente pôr em prática a proposta comentada com ela daqui a pouco mais de dois meses, se ela de fato pretende defender os interesses do hospital que ela jamais aceite este convênio que está sangrando as finanças do hospital em R$ 130.000,00 todos os meses.

O que estranha mesmo é a página da prefeitura ter publicado este convênio somente agora no dia 21 de julho de 2015, um termo aditivo assinado no dia 29 de MAIO de 2015, e o mais curioso ainda é ver que a mídia local replicou a publicação fantasiosa do governo como se fosse um fato novo, na verdade este atermo aditivo é a prorrogação do processo de morte financeira do hospital que estão tentando fazer a sociedade acreditar que seja um fato novo e positivo.

Outro ponto que devemos levantar na pauta de questionamentos, está na curta vigência estabelecida neste convênio. 

Existe algum impedimento legal para estabelecer um prazo de vigência mais dilatado?  

Vejam que se os serviços conveniados são essenciais e permanentes, nada justifica ter que estabelecer um contrato de cinco meses, tal condição impede por completo qualquer possibilidade de planejamento gerencial do hospital com a incerteza do próximo convênio a ser assinado. 
Para que todos tenha o real conhecimento do que significa esta notícia velha requentada, a presidente do hospital assinou este termo aditivo no dia 29 de maio de 2015, e pouco mais de dois meses depois, no dia 09 de julho de 2015 ela promove a famosa reunião na câmara dos vereadores para apresentar uma fatura de R$ 700.000,00 para a sociedade se mobilizar.

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