Pobreza extrema com elevados índices em Bom Jesus do Itabapoana
Na última sessão antes do
recesso legislativo no mês de julho de 2015, o vereador Celso Rezende encerrou
seu pronunciamento propondo a todos os bom-jesuenses uma reflexão sobre um fato que lhe foi
relatado momentos antes da sessão daquele dia 17 de julho, ele em tom de
indignação protestou contra o fato de um amigo ter custeado uma cesta básica
para doar a uma família que passava fome, ele com razão rechaçou afirmando ser
inaceitável ter pessoas em Bom Jesus do Itabapoana vivendo abaixo da linha de
pobreza.
Mais do que refletir sobre
este inaceitável caso relatado pelo vereador, fui em busca de informações sobre
este índice no portal do Ministério do Desenvolvimento Social do Governo
Federal, e o resultado obtido deixa Bom Jesus do Itabapoana em situação
estarrecedora dentro do cenário da região Noroeste Fluminense, os números oficiais
registrados e atualizados em 2015 são alarmantes.
Nesta publicação temos os
números de pessoas que vivem com menos de R$ 70,00 por mês, classificados como
quem vive abaixo da linha de pobreza, ou miséria extrema de Itaperuna, Santo Antônio
de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana, os três maiores municípios da região
Noroeste Fluminense que acumulam 62% do PIB da região.
Itaperuna conta com 95.841
habitantes com 1.743 vivendo abaixo da linha de pobreza resultando em cada 54
cidadãos que vivem em Itaperuna, 1 vive abaixo da linha de pobreza, em Santo
Antônio de Pádua conta com 40.589 habitantes com 1.208 vivendo nesta situação, com
a proporção de 1 cidadão vivendo na miséria extrema a cada 33 habitantes.
Em Bom Jesus do Itabapoana
aponta 35.411 habitantes com absurdos 1.476 vivendo na miséria extrema, uma
escandalosa proporção que aponta a cada 23 habitantes temos um vivendo abaixo
da linha de pobreza, um número muito mais estarrecedor do que muitos
imaginavam, uma calamidade que se torna mais um indicador do desastre que se
encontra a secretaria de assistência social e habitação, e a política de se
privilegiar empresas de fora nas compras púbicas, que está aniquilando de morte
com nosso mercado interno.
Os vereadores e a sociedade
devem refletir muito mais do que sugeriu o vereador Celso Rezende, é
inaceitável que em uma cidade como Bom Jesus do Itabapoana que com uma enorme
extensão territorial agricultável, com infinitos potenciais turísticos em suas inúmeras
riquezas naturais, termos mais de mil e quatrocentas pessoas passando fome
entre nós.
O que torna a situação de Bom Jesus do dramática, e constatarmos que dentro dos blocos de faixa etária dos cidadãos que vivem abaixo da linha de pobreza, o número com maior apontamento está entre as crianças e adolescentes de 0 a 14 anos que totalizam 586 indivíduos, deles, 157 CRIANÇAS de 0 a 5 anos, uma covardia resultante da omissão do poder público.
Este número esclarece uma série de acontecimentos transformações que
tem ocorridos em Bom Jesus do
Itabapoana, e parece que ainda não acordaram para nossa trágica realidade.
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