H.S.V.P. | Constatações de uma renúncia pela porta dos fundos
Conforme havia polemizado em
recente publicação, a diretoria do Hospital São Vicente de Paula renunciou na
semana passada, e mesmo sem um pronunciamento público da ex-presidente ou de
sua assessoria direta, as informações me chegam com extrema fluidez, e podem
ter certeza que a temperatura está elevada nos bastidores do nosocômio.
Este ciclo que se encerra no
São Vicente, abre uma possibilidade de se refletir e constatar em definitivo que sem um
grupo gestor pautado pelo profissionalismo e principalmente com personalidade
para se impor diante do poder público, nosso hospital permanecerá vivendo sob
esta crise absurda.
Desde fevereiro de 2013 que
tenho manifestado tudo de obscuro que envolveu a própria construção política
que levou a professora Ivana a presidência do hospital e também do Centro
Popular Pró Melhoramento, foram seguidos equívocos que se configuraram em
graves erros com a sociedade principalmente.
O que se viu nesses 33 meses
de gestão foram diversas ocasiões que se transformou a crise do hospital, e o
drama os funcionários e da população, em um lamentável circo político em
constantes romarias fotográficas em visitas de “autoridades” repletas de
demagogia, somente neste 2015 foram duas visitas do secretário estadual de
saúde sem nos apresentar absolutamente nada de prático.
Para fechar o desastre
administrativo desta diretoria que se foi na semana passada, tivemos uma
tenebrosa transação entre a presidente e seu pupilo travestido de administrador
hospitalar, o simpático “Casé Vieira”, que dentre as lambanças praticadas sob
sua gestão, tivemos ele torrando R$ 12.000,00 em um desnecessário sistema de
monitoramento interno, enquanto setores do hospital sequer contava com
curativos e medicamentos básicos.
Como se fosse pouco a
insistência da ex-presidenta do hospital com seu “administrador” de confiança,
ela ao apagar das luzes garantiu a ele o que não foi garantido com nenhum funcionário
que foi demitido pelo hospital, a presidenta reconheceu os “relevantes”
serviços prestados pelo senhor “Casé”, e pagou seus direitos trabalhistas a
vista no dia 15 de outubro de 2015, conforme comprova imagem da cópia do cheque
emitido em favor do citado administrador.
O que me chegou documentado
aponta o valor de R$ 12.207,85, porém já me chegou a informação que os valores
pagos ao simpático-de-confiança da ex-presidenta podem ultrapassar a casa dos
R$ 25.000,00.
Desperta atenção a data do
cheque em favor do “simpático Casé” ser de 15 de outubro de 2015, e seu termo
de rescisão ter sido assinado no dia 16 de outubro de 2015, impressionante como
uma instituição com graves limitações financeiras e orçamentárias ser tão
célere e generosa para quitar os débitos trabalhistas de uma parasita.
Levando em consideração todas
as dificuldades vividas pelo hospital, desfalcar os cofres do mesmo em 12 mil
que seja, é um escárnio sob todos os aspectos, inclusive sabendo que esta monta
deixará o hospital sem medicamentos ou curativos em seus setores, sem contar a
maneira como se explicitou o desprezo desta finada diretoria com os
funcionários do hospital.
Esta manobra favorável ao simpático
Casé, que lhe beneficiou com todos os direitos de sua rescisão contratual, é a
mais clara constatação da total falta de espírito público e solidário que tanto
se propagou na defesa desta diretoria, que diga-se de passagem, está saindo do
hospital pela porta dos fundos da história, que será implacável com a revelação
dos fatos.
Comentários
Postar um comentário
Comente sobre este assunto aqui!