Na defesa do interesse pessoal, Paulo Pimentel desafia até o Ministério Público
Os vereadores da base
governista abriram o bico com os projetos parados a espera do reajuste dos
servidores, tivemos manifestações explícitas dos vereadores Waldeir “carola”
Chrisostomo, MoaPizza Almeida e Paulo Pimentel, este então soltou o verbo
contra o Ministério Público na defesa do interesse próprio.
Os servidores públicos
municipais tiveram na sessão de segunda-feira (19/10), uma demonstração clara
de que os vereadores da base governista enterraram o assunto reajuste salarial,
a não ser que haja um novo movimento e mais contundente do que foi feito até o
momento.
A polêmica teve seu início no
momento em que o governista Clério Tadeu se manifestou pela necessidade de se
votar o Plano Municipal de Saúde, a qual o Poder Legislativo estaria sendo
notificado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para concluir a
tramitação do mesmo, devido a demandas que se desenrolam entre MPRJ, TCE e
Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana.
A oposição não criou nenhum
obstáculo para se votar o PMS, quem levantou o carteado dos interesses foi
Paulo Pimentel, que disse que antes de votar o Plano Municipal de Saúde, teria
primeiro que votar os projetos que estão parados desde o início do ano, Pelc,
Quadra e Santa Isabel e Estação de Tratamento de Água do Bom Jardim.
O vereador Clério Tadeu
tentou justificar a prioridade de se votar o PMS por conta das cobranças do
Ministério Público, foi quando ele foi interrompido por Pimentel, que em tom
extremamente arrogante bradou que o Ministério Público não determina nada aqui
(na câmara), e quem determina de fato somos nós (os vereadores).
Como pode um vereador ser tão petulante com o Ministério
Público, e ainda sobre um tema de enorme relevância como o Plano Municipal de
Saúde?
Apesar de termos a menos três
projetos que se enquadram no protesto de Paulo Pimentel, o que de fato o levou
a se manifestar de maneira inadequada contra o Ministério Público, foi o da
Estação de Tratamento de Água do SAAE para a comunidade do Bom Jardim.
Este projeto depende de uma
série de esclarecimentos, é o de maior valor dentre todos que estão paralisados
na câmara, R$ 1.500.000,00, e muito diferente do que alertou MoaPizza Almeida,
o convênio está muito longe de perder sua vigência, e o SAAE e os responsáveis
por este projeto devem muitas explicações.
O primeiro ponto a ser
questionado neste projeto, se encontra na fonte de captação de água a ser
tratada, que partindo das afirmativas do próprio governista Waldeir “Carola”
Chrisostomo, teremos o município investindo 1,5 milhões para uma estação que
terá uma vida útil de no máximo dez anos, pois ele mesmo reconhece que a fonte
de captação é instável e com histórico de ter secado por algumas vezes.
Como pode se defender um
projeto de 1,5 milhões de reais com a garantia que o mesmo será inutilizado
entre cinco ou dez anos? Torno a informar, quem afirmou em debate na plenária e
consignado em ata, áudio e vídeo que a fonte de captação tem vida somente entre
cinco ou dez anos foi o vereador Waldeir Chrisostomo, notório conhecedor da
região.
O que relaciona entre o interesse
público com o privado está em um decreto assinado pela prefeita no dia 13 de
março de 2015, e que foi veiculado no jornal oficial “O BONJESUENSE” do dia 16
de março de 2015.
O decreto torna de interesse
público uma área de uma certa propriedade rural da comunidade do Bom Jardim, o objetivo
em declarar como de utilidade pública se deve ao futuro processo de
desapropriação desta área para a construção da Estação de Tratamento de Água do
SAAE, a mesma do projeto de 1,5 milhões que adormece na câmara aguardando todas
as respostas dos questionamentos feitos.
O que causa espécie, e
justifica a valentia de Paulo Pimentel contra o Ministério Público, é que um
dos proprietários da área que a prefeita declarou como de utilidade pública, vem
a ser o mesmo vereador Paulo Pimentel, que defende com unhas e dentes a
construção desta ETA do Bom Jardim, mesmo que a fonte de captação venha a secar
em alguns anos.
Na mais descarado um vereador
de alta quilometragem, com o sogro na secretaria de obras, condenado por
improbidade administrativa junto com outros quatorze personagens, se explicitar
tão contundente contra o Ministério Público para defender um projeto que
somente irá atender aos seus interesses financeiros/particulares.
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