Núcleo industrial | Área nobre em desuso e sob suspeita

O Núcleo Industrial da Nova Bom Jesus se tornou um dos grandes palcos dos escândalos da era Branca Motta a frente da prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana, o que não faltam são provas cabais e irrefutáveis do grande esquema de compra e venda de áreas de concessão pública.


Nesta reportagem vamos abordar o que talvez seja o primeiro escândalo da gestão da desordem no Núcleo Industrial, a qual envolve um dos terrenos mais bem posicionados de todo parque industrial, e sem dúvidas que este foi objeto de enorme cobiça entre os aliados da prefeita em seu primeiro governo (2009/2012).

Se você perguntar para qualquer pessoa do meio político e que tem conhecimento das tenebrosas transações nos idos de 2009 e 2010, sobre quem é o proprietário deste valorizadíssimo terreno de concessão pública, muitos irão afirmar sem titubear que tal área pertence ao ex-vereador Samuel Júnior.



Na verdade esta área teria seu termo de cessão com a empresa Linfaso Construtora de São José do Calçado sendo a favorecida, não obstante, desde 2013 que monitoro as atividades deste terreno, e o que pude constatar que tal empresa jamais utilizou esta área, talvez parcialmente nos artefatos de concretos que aparentemente foram manufaturados na área.

Desde 2013 que este amontoado de blocos de pedras para calçamento de ruas está abandonado no terreno, e agora temos também alguns caminhões e máquinas estacionados, que segundo informações obtidas no local seriam de proprietários diferentes.

Também registrei mais de vinte manilhas de concreto abandonadas no terreno, e segundo relato da mesma pessoa no local, é que temos um indivíduo que não relação alguma com a Linfaso, e que tem frequentado e deixado essas manilhas no terreno, no entanto no momento em que estive no local não havia absolutamente ninguém, e o muro somente existe na frente da área.

Dentro do local também pude registrar diversos pontos para o farto criadouro de mosquito da dengue, com uma caixa d’agua cheia e destampada, e com muitos focos suspeitos, asa fotografias registram um local de o poder público além de verificar se o contrato de cessão foi devidamente respeitado e cumprido, e também para acabar com o criadouro do Aedes Aegypt.



Depois de toda esta explanação, onde então que entraria o ex-vereador Samuel Júnior nesta peleja-industrial?

O que compromete e relaciona o ex-vereador está no fato dele ser o contador ou sócio do escritório de contabilidade da citada empresa, e que a pessoa que não tem relação com a Linfaso que tem frequentado e utilizado o terreno como depósito, ter muitas relações pessoais e políticas com o ex-vereador Samuel Júnior, daí que vem a fonte-maliciosa dos comentários de que o ex-vereador seja de fato o proprietário do terreno.

Junte-se a todas essas aproximações entre a empresa e os personagens, ao fato do ex-vereador ter sido aliado da prefeita tanto na campanha de 2008 como nos dois primeiros anos de governo dela, em 2009 e 2010, tendo inclusive muitos indicados em cargos estratégicos na primeira metade do primeiro governo Branca Motta.

Obviamente que ele negará qualquer relação com esta polêmica, no entanto, como a empresa favorecida com esta área mais do que nobre não cumpriu com as obrigações previstas no contrato de cessão, o município pode muito bem retomar a área para cede-la a um empreendimento que de fato vá gerar emprego e renda.

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