Professoras do Estado e do Município, porque tanta diferença?

As professoras e professores do ensino público estadual e municipal vivem situações muito semelhantes atualmente, em ambas as esferas governamentais esta imprescindível classe profissional vem sofrendo duros ataques de governos do PMDB, tanto o estadual como o municipal.

Em Bom Jesus do Itabapoana temos as professoras da rede estadual dando exemplares demonstrações de cidadania ao aderirem ao movimento de greve e manifestações como na região metropolitana, elas se indignaram e não se resignaram.

Diferente comportamento observa-se nas professoras da rede municipal de ensino, onde salvo raríssimas exceções, a maioria da classe nos apresenta de uma subserviência e resignação inaceitáveis para uma classe formadora de opinião como a dos professores.

Circulou na rede que um grupo de professoras da rede estadual de BJI estiveram na capital do Estado em assembleia sindical da classe, já as professoras da rede municipal sequer procuram seu sindicato, que é sediado em Bom Jesus mesmo, e não no Rio de Janeiro.

Até quando as valorosas educadoras da rede municipal permanecerão acreditando que conseguirão conquistar seus direitos com este comportamento inerte? Até quando a covardia e a falta de atitude alimentarão a sanha autoritária e improba da prefeita? Até quando vocês abaixarão a cabeça para arrogância da secretária de educação?

Diante deste comportamento medroso e subserviente, agora temos algumas professoras se postando de líder para “negociar” com o governo os direitos legais cerceados, com bem disse o presidente do Sindserv-BJI, temos agora algumas “viúvas-do-Cyrillo-pai”, que pretendendo se candidatar a vereança, agora quer tomar frente das negociações e reivindicações da classe.

Porque essas professoras que agora pretendem liderar suas colegas não tomaram esta iniciativa a mais tempo? Porque essas mesmas lideranças do magistério municipal ainda não procuraram a instituição que representa legitimamente a classe?

Seria extremamente positivo se as professoras da rede municipal tivessem a mesma atitude das professoras da rede estadual, com por exemplo desta ilustre professora Regina Alves, que confrontou seu protesto na frente do governador do Estado, proporcionando uma imagem histórica, em que uma professora desafia a quadrilha que afunda o estado e o município.

Pelo que sei, nada aconteceu com esta professora exemplar por ela ter esfregado seu protesto na lata do Pezão.

Até quando a maioria esmagadora das professoras da prefeitura permanecerão acovardadas?