Dr. Marco Antônio Seródio apresenta um relatório incontestável e de fácil entendimento
Tudo que
precisamos neste momento é de LUCIDEZ e responsabilidade ao repercutir uma
informação essencial
Importante
salientar que o estudo apresentado pelo médico bom-jesuense, e que atua em
Coronel Fabriciano-MG, não leva em consideração das condições demográficas
brasileiras, como favelas e bairros periféricos com número elevado de
habitantes por pequenas residências...
...portanto o cenário brasileiro apresentado a seguir pode ser observado com números superiores em todas as hipóteses de medidas de combate ao coronavúris.
Segue a publicação veiculada no perfil/Facebook do dr. Marco Antônio Seródio para apreciação de todos os interessados:
...portanto o cenário brasileiro apresentado a seguir pode ser observado com números superiores em todas as hipóteses de medidas de combate ao coronavúris.
Segue a publicação veiculada no perfil/Facebook do dr. Marco Antônio Seródio para apreciação de todos os interessados:
Saiu a modelagem estatística do
Imperial College London para os cenários do COVID-19 no Brasil.
Antes, uma introdução. No começo da
pandemia o governo do Reino Unido havia decidido apostar em uma estratégia de
“imunidade de massa”, que consistia em não tomar medidas restritivas; em vez de
parar o país, deixariam que o vírus infectasse a população de modo que
rapidamente as pessoas pudessem ficar imunizadas.
Porém, o governo do Reino Unido
desistiu dessa ideia quando uma equipe de especialistas epidemiológicos do
Imperial College of London apresentou uma previsão de como se desenrolaria a
disseminação do COVID-19 em diferentes cenários de contenção para o Reino Unido
e para os Estados Unidos.
Para elaborar essa previsão, utilizaram dados de
contágio, estatísticas de hospitalização e óbitos vistos em outros países,
estudaram como o vírus se dissemina em diferentes ambientes etc..
Como um breve resumo: se circular
livremente, o vírus tem a capacidade de infectar cerca de 80% da população
geral em um período muito curto. Das pessoas infectadas, cerca de 20% precisam
de hospitalização, 5% dos casos são críticos e precisam de UTI e suporte
respiratório, e cerca de metade dos casos críticos vêm a óbito.
No entanto, o súbito aumento de casos
ultrapassa a capacidade do sistema de saúde, gerando colapso, e disso resulta
um número muito maior de mortes — de covid-19, assim como de outras causas —
simplesmente porque não há hospital para tratar todas as pessoas que precisam.
Segundo a previsão, se não houver restrições nos contatos, no mundo inteiro seriam 7 bilhões de pessoas infectadas com covid-19 e 40 milhões de mortes neste ano.
Os números previstos por esses
estudos fizeram com que governos desistissem das posturas mais relaxadas e
tomassem as medidas mais restritivas para evitar o colapso do sistema de saúde
e um número muito maior de mortes.
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Ontem, no dia 26/03/2020, o Imperial
College of London soltou números previstos para os desfechos da pandemia em
todos os países, nos cenários sem intervenção, com mitigação, e com supressão.
Mitigação envolve proteger os idosos
(reduzir 60% dos contatos) e restringir apenas 40% dos contatos do restante da
população.
Supressão envolve testar e isolar os
casos positivos, e estabelecer distanciamento social para toda a população.
Supressão precoce – implementada em
uma fase em que há 0,2 mortes por 100.000 habitantes por semana e mantida.
Supressão tardia – implementada quando
há 1,6 mortes por 100.000 habitantes por semana e mantida.
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No Brasil os cenários previstos são
os seguintes:
Cenário 1- Sem medidas de mitigação:
- População total: 212.559.409
- População infectada: 187.799.806
- Mortes: 1.152.283
- Indivíduos necessitando hospitalização: 6.206.514
- Indivíduos necessitando UTI: 1.527.536
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Cenário 2 - Com distanciamento social
de toda a população:
- População infectada: 122.025.818
- Mortes: 627.047
- Indivíduos necessitando hospitalização: 3.496.359
- Indivíduos necessitando UTI: 831.381
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Cenário 3 - Com distanciamento social
E REFORÇO do distanciamento dos idosos:
- População infectada: 120.836.850
- Mortes: 529.779
- Indivíduos necessitando hospitalização: 3.222.096
- Indivíduos necessitando UTI: 702.497
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Cenário 4 – Com supressão tardia
- População infectada: 49.599.016
- Mortes: 206.087
- Indivíduos necessitando hospitalização: 1.182.457
- Indivíduos necessitando UTI: 460.361
- Demanda por hospitalização no pico da pandemia: 460.361
- Demanda por leitos de UTI no pico da pandemia: 97.044
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Cenário 5 – Com supressão precoce
- População infectada: 11.457.197
- Mortes: 44.212
- Indivíduos necessitando hospitalização: 250.182
- Indivíduos necessitando UTI: 57.423
- Demanda por hospitalização no pico da pandemia: 72.398
- Demanda por leitos de UTI no pico da pandemia: 15.432
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Faço algumas observações:
Os próprios autores do estudo
comentam que modelaram essas curvas com base nos padrões de dispersão dos
países ricos e que nos países pobres os resultados da pandemia podem ser piores
do que o previsto. Esses números previstos não levam em conta a existência de
favelas, comunidades sem abastecimento de água e/ou saneamento, entre outros
complicadores que temos no Brasil.
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É preciso comentar que os números
reais da pandemia no Brasil, seus casos e óbitos, estarão amplamente
subnotificados devido à falta de testes e demora nos resultados. As
estatísticas oficiais publicadas pelo Ministério da Saúde mostrarão apenas a
ponta do iceberg.
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Mesmo nos melhores cenários,
lentificando a transmissão e aumentando os recursos do sistema de saúde, deve
faltar UTI e respirador para parte dos doentes.
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Em resumo, a diferença entre ficarmos
todos em casa (supressão) ou adotar uma estratégia mais branda de mitigação e proteção
apenas dos grupos de risco pode ser da ordem de MEIO MILHÃO de vidas.
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Os diversos relatórios estão
disponíveis no site do Imperial College of London: https://www.imperial.ac.uk/mrc-global-infectious-diseas…/…/…
Link para o trabalho “The Global
Impact of COVID-19 and Strategies for Mitigation and Suppression”: https://www.imperial.ac.uk/…/Imperial-College-COVID19-Globa…
As tabelas com os números oferecidos
constam no apêndice: https://www.imperial.ac.uk/…/Imperial-College-COVID19-Globa…
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