Roberto Salim não “sujará as mãos de sangue”, ele assinará atestados de óbitos
Ou ele se
posiciona com o indiscutível INTERESSE PÚBLICO, ou se rende a insanidade do vil
metal
O Decreto
1633 de 20 de março de 2020, tem em seu Artigo 3º a proibição do Hospital São
Vicente de Paulo de receber pacientes de fora do município para atendimento
ambulatoriais e eletivos, mas no sábado (28/03) um paciente de Varre-Sai com
quadro de complicações supostamente neuro-vasculares deu entrada e está
internado em leito da UTI...
...conforme
relatado pelo pré-candidato a prefeito do município serrano, Lauro Fabri, a
qual ele externa seus agradecimentos ao secretário de saúde de sua cidade, ao
prefeito e secretário de saúde de Bom Jesus do Itabapoana, além do vereador Raphael
Siqueira...
...causando
estranheza o fato dele precisar de toda essa mobilização em face do H.S.V.P. já
ter celebrado um convênio para atendimento de média e alta complexidade com o
município de Varre-Sai, que diga-se de passagem, o contrato foi tramitado sem
passar pelo crivo do Conselho Municipal de Saúde de Bom Jesus do Itabapoana-RJ.
Partindo do pressuposto
de que estaríamos dentro da normalidade, e não sob a pandemia e o decreto com
suas medidas restritivas sobre o atendimento do hospital, não haveria a
necessidade do prefeito, o secretário de saúde e o vereador oposicionista
prestarem qualquer intercessão em auxílio a um paciente de Varre-Sai, bastava
tão somente a atuação do secretário de saúde de lá...
...mas como
existe uma medida restritiva ao atendimento do São Vicente, presume-se que toda
essa mobilização que uniu Roberto Salim, Edison Neto e Raphael Siqueira na
mesma empreitada, tenha seu viés de ilicitude ao violar o Artigo 3º do Decreto
1633 de 20 de março de 2020...
...pois
mesmo com o prefeito já editando outros dois decretos, em nenhum dos
posteriores revoga ou anula o artigo do decreto inicial, e o Hospital São
Vicente de Paulo não é referência regional para atender essa ocorrência que hipoteticamente
teria iniciado no atendimento emergencial em Varre-Sai, e com o paciente
transferido para BJI, passando a condição de paciente eletivo...
...que
acabou por ocupar um leito de UTI que estava vago e que deveria estar reservado
para pacientes com sintomas de COVID-19, sendo líquido e certo que o principal
problema que enfrentaremos muito em breve será justamente a carência de leitos
em qualquer cidade do país, e aqui teremos um reforço de somente treze novos
leitos para o enfrentamento da pandemia.
A certeza
absoluta que reporto aqui, é que a postagem-gratidão do prefeitável de
Varre-Sai é uma prova contundente de que o prefeito, o secretário de saúde e o
vereador que se diz fiscalizador, se envolveram em um flagrante ato de tráfico
de influência...
...pois
mesmo sem a crise pandêmica atual, muitos cidadãos sem dinheiro no banco ou
amigos importantes padecem na fila por uma vaga na UTI do H.S.V.P., tanto que temos incontáveis internações por força judicial em face da sanha financista que
norteia o setor mais cobiçado e procurado do hospital...
...não são poucos os casos em que o povo pobre de BJI padece por duas na Sala Vermelha do PU mesmo com leitos de UTI vagos, a espera de pacientes conveniados e particulares.
...não são poucos os casos em que o povo pobre de BJI padece por duas na Sala Vermelha do PU mesmo com leitos de UTI vagos, a espera de pacientes conveniados e particulares.
Roberto
Salim disse em eu último pronunciamento em vídeo que “não sujará as mãos de
sangue”, uma metáfora que sequer se encaixa com o COVID-19 por matar as pessoas
se causar sangramento algum, mas o prefeito vai decretar muitos atestados de
óbitos, pois ele se mantém perdido diante a pandemia...
...as ações
da prefeitura em qualquer setor que poderia atuar são de uma nulidade ímpar,
somente temos o esforço dedicado dos profissionais de saúde que estão na linha
de frente do enfrentamento, e ainda tem que conviver com os recuos e indecisões
do poder público, além das obscuridades advindas da direção do hospital...
...tudo isso
para somente fazer da luta desses profissionais ainda mais árdua, mais
sacrificante onde não se vê o executivo municipal conduzindo e liderando essa
campanha, permitindo toda sorte de violações ao isolamento social, inclusive se
submetendo as pressões de comerciantes e empresários sem a menor noção da
realidade que vivemos.
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