Sobre a frouxidão do poder público, o drama de uma comerciária, que assombra toda categoria

Patrões gananciosos que não admitem reduzir suas margens e seus padrões, jogarão os trabalhadores ao mar-pandêmico



O decreto 1635 de 26 de março de 2020 também pode ser denominado como o decreto da fraquejada, pois vai escancarar as portas para o coronavírus proporcionar uma tragédia em dezenas de famílias bom-jesuenses, tudo por conta de pressão exercida por não mais do que cinquenta empresários bolsonaristas...

...que somente pensam no imediatismo, e não conseguem vislumbrar em um futuro próximo que os prejuízos serão maiores com esse relaxamento do prefeito, que cedeu a pressão de aproximadamente 25% das empresas filiadas na Associação Comercial e Empresarial de BJI, que conta com aproximadamente duzentos associados...

...isso levando em consideração de que todos seriam filiados, e tenho quase certeza absoluta de que não são, e se considerarmos todo universo de empresas dos setores de comércio, serviço e indústria de BJI, esse movimento empresarial insano se torna ínfimo em representatividade e gigante em irresponsabilidade.

O decreto-fraquejada de Roberto Salim não dedica uma linha sequer para os funcionárias e funcionários dos estabelecimentos que receberam o salvo conduto, como por exemplo no caso da comerciária que se manifestou em sua rede social acerca de seu temor em ter que retornar ao trabalho e com a realidade que ela vive...

...e sem dúvidas que são centenas de trabalhadoras e trabalhadores que vivem a realidade da jovem apreensiva, residindo com a mãe, com os filhos e ela portadora de problemas respiratórios que enquadra qualquer idade no grupo de risco, e o poder público não obriga ao empregador a liberar o funcionário de risco...

...uma demonstração cabal da falta de sensibilidade do executivo municipal com a camada mais desfavorecida de nossa sociedade, pensou somente nos patrões que na maioria das vezes sequer ficam no recinto de vendas ou de atendimento ao público de seus estabelecimentos...

...tendo seus escritórios seguros e isolados em sobrelojas e pavimentos superiores, como os senhores da casa-grande lidando com seus escravos confinados na senzala ou sob açoite em seus canaviais, uma covardia o que está decretado tendo o empregador a opção de demitir uma funcionária ou funcionário como a que se manifesta na imagem desta matéria, por ela se enquadrar em grupos de risco e ter que cumprir com o isolamento social e agora tendo que retornar ao trabalho.



Nas imagens abaixo temos as mudanças do decreto-fraquejada para que todos tenham ciência, e que se preparem para a tragédia que se consolida com essa inaceitável falta de pulso do chefe do executivo em seguir o coerente e óbvio, Bom Jesus reviverá a Itália e ninguém terá o direito de alegar que não sabia que seria assim.

Comentários

Postagens mais visitadas