Ex-secretário de Saúde Edmar Santos não comparece à oitiva de comissões da Alerj
Enviado pela
Comunicação social da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
O ex-secretário de Estado de Saúde
Edmar Santos não compareceu à oitiva da Comissão Especial de Fiscalização dos
Gastos na Saúde Pública Durante o Combate do Coronavírus, da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), agendada para esta
quarta-feira (24/06), em conjunto com a Comissão de Saúde. Segundo a presidente
do grupo, deputada Martha Rocha (PDT), foi enviado um ofício à Secretaria de
Estado de Polícia Militar, da qual ele é servidor, solicitando a autorização
para que prestasse esclarecimentos na reunião. Ainda assim Edmar não
compareceu.
“Vamos oficiar mais uma vez a Polícia
Militar e a procuradoria da Casa para garantir a oitiva do ex-secretário. É
lamentável que ele não tenha comparecido a esta reunião para que pudesse fazer
os esclarecimentos necessários. Não entendo por que uma pessoa cuja gestão
tenha tantas dúvidas não queira se antecipar para prestar esclarecimentos. O
compromisso de comparecer a esta reunião deveria ser dele, antes de tudo”,
afirmou Martha Rocha .
Durante a reunião, Bernardo Braga,
advogado do ex-secretário Edmar Santos, enviou um ofício para a comissão
informando que ele não compareceu por já estar sendo investigado pela Justiça.
“O peticionário foi convocado pela comissão a participar dessa reunião a
respeito das contratações emergenciais realizadas pelo coronavírus. No entanto,
ele está sendo investigado pela justiça e, por isso, preserva o direito de
prestar esclarecimentos apenas ao Tribunal de Justiça”, informou via ofício.
Após ler a declaração aos deputados das comissões, Martha Rocha, disse que Edmar ainda precisa prestar esclarecimentos ao Parlamento. “Vamos falar com a procuradoria da Casa, pois uma medida não anula a outra”, argumentou a parlamentar.
Após ler a declaração aos deputados das comissões, Martha Rocha, disse que Edmar ainda precisa prestar esclarecimentos ao Parlamento. “Vamos falar com a procuradoria da Casa, pois uma medida não anula a outra”, argumentou a parlamentar.
Manifestação dos deputados
Em seguida, o relator da comissão,
deputado Renan Ferreirinha (PSB), também reclamou do descaso do ex-secretário
com o Parlamento. “Edmar era o responsável pelo projeto dos hospitais de
campanha, que, ao que tudo indica, serão grandes elefantes brancos
erguidos com dinheiro público. Tínhamos que questionar sobre isso e entender
por que o Iabas recebeu milhões dos cofres públicos e não entregou um hospital
completo. Além disso, o sucessor dele, Fernando Ferry, disse que ‘herdou lama’
da gestão de Edmar e encontrou, na secretaria, um descalabro administrativo.
Tudo isso tem que ser respondido para a sociedade fluminense”, justificou
Ferreirinha.
Já a deputada Enfermeira Rejane
(PCdoB) afirmou suspeitar que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) é o foco da
corrupção no governo Witzel e o não comparecimento de Edmar reforça essa
hipótese. “É mais do que lamentável chegarmos nessa situação. Esse descaso
mostra claramente que tem mais coisa envolvida nessa gestão e que o secretário
está envolvido nesses escândalos de corrupção. Isso nos leva a ter várias
concepções desse silêncio”, considerou a parlamentar.
Para o deputado Flávio Serafini (
PSol), pode ser necessária a instalação de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) para investigar o caso. “Ele é uma figura central nesta
investigação e precisamos de respostas que não podemos ficar sem.
O não comparecimento de Edmar reforça, cada vez mais, a necessidade de caminharmos para uma CPI, na qual poderemos convocar, por força maior, a presença dele nesta Casa”, explicou Serafini. O parlamentar ainda destacou que a saída do ex-secretário Fernando Ferry, na segunda-feira passada, como indício de que os esquemas ainda ocorreriam na secretaria. Ferry ficou à frente da pasta por um mês, logo após a exoneração de Edmar.
O não comparecimento de Edmar reforça, cada vez mais, a necessidade de caminharmos para uma CPI, na qual poderemos convocar, por força maior, a presença dele nesta Casa”, explicou Serafini. O parlamentar ainda destacou que a saída do ex-secretário Fernando Ferry, na segunda-feira passada, como indício de que os esquemas ainda ocorreriam na secretaria. Ferry ficou à frente da pasta por um mês, logo após a exoneração de Edmar.
Também compareceram à reunião e
manifestaram indignação com a falta do ex-secretário os deputados Dionísio Lins
(PP), Mônica Francisco (PSol), Alexandre Knoploch (PSL), Dr. Deodalto (DEM),
Marcelo Cabeleireiro (DC), Pedro Ricardo (PSL) e Jorge Felippe Neto (PSD).
Entenda o caso
Edmar Santos é investigado por
suspeitas de desvios na construção de hospitais de campanha e na compra de
respiradores para equipar as unidades de saúde do estado. Exonerado, em meados
de maio, do cargo de secretário estadual de Saúde, Edmar Santos perdeu o foro
privilegiado.
Depois da exoneração, ele foi nomeado secretário extraordinário de Acompanhamento da Covid-19, sendo responsável por gerir o conselho de notáveis, formado por especialistas e professores universitários e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para discutir as ações de combate à pandemia no estado. Ele pediu exoneração, no fim do mês passado, após a Justiça suspender a nomeação para o novo cargo.
Depois da exoneração, ele foi nomeado secretário extraordinário de Acompanhamento da Covid-19, sendo responsável por gerir o conselho de notáveis, formado por especialistas e professores universitários e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para discutir as ações de combate à pandemia no estado. Ele pediu exoneração, no fim do mês passado, após a Justiça suspender a nomeação para o novo cargo.
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