São mais de dez argumentos, a serem considerados na defesa da Cachoeira Santa Rosa - #NenhumaPCHaMais
Os impactos serão gravíssimos sob todos os aspectos, ambientais, econômicos e sociais
01 –
Considerando que no dia 13 de dezembro de 2013, se realizou uma REUNIÃO
PÚBLICA, sem a presença de integrantes do Poder Legislativo e sem que houvesse
qualquer comunicado público anunciando o evento, violando assim o princípio
constitucional da PUBLICIDADE, com o agravante do evento não ter sido uma
AUDIÊNCIA PÚBLICA, para ouvir a sociedade se ela concorda com a construção de
DUAS PCH’s no rio Itabapoana, restando ainda questionar a legalidade de se
apresentar no mesmo evento DOIS PROJETOS de tamanha complexidade.
02 –
Considerando que até o presente momento não foi dada a devida publicidade ao
processo de licenciamento da PCH Bom Jesus, que impactará na extinção da
Cachoeira Santa Rosa, Prainha do Alceste e na inundação da Ilha Caeté.
03 –
Considerando que não houve nenhum estudo de impacto ambiental relacionado as
espécies da fauna que vive na área que concerne a “Prainha do Alceste”, “Cachoeira
Santa Rosa” e “Ilha Caeté”, com a evidente possibilidade dessas espécies
migrarem para o centro urbano de Bom Jesus do Itabapoana, principalmente as
capivaras e os insetos, que vivem em grande número na região que será impactada
com a construção tanto da barragem como a casa de força.
04 –
Considerando que as quatro usinas de energia já existentes impactaram brutalmente
no povoamento de peixes, característicos de águas velozes em cachoeiras e
corredeiras e que não sobrevivem em água represadas, que por consequência
reduziu drasticamente na área de exploração da pesca tradicional, que é
extremamente difundida em Bom Jesus do Itabapoana, impactando socialmente na
vida dos pescadores.
05 – Considerando
que as comunidades de Nova Bom Jesus, Santa Isabel, Mutum de Baixo, Mutum de Cima,
Fazenda Providência e futuramente Carabuçu, dependem do rio Itabapoana para abastecer
os lares dos moradores das respectivas comunidades, que serão impactadas com
mais uma PCH retendo a vazão do rio.
06 –
Considerando que mesmo tendo uma Usina Hidrelétrica, e outras três Pequenas
Centrais Hidrelétricas no perímetro bom-jesuense do rio Itabapoana, e mesmo
assim Bom Jesus do Itabapoana é o município com o maior número de interrupções
de fornecimentos de energia do estado, conforme estudo divulgado pela FIRJAN em
2018.
07 –
Considerando que o TURISMO é um dos principais meios de desenvolvimento
sócio/econômicos para o futuro de Bom Jesus do Itabapoana, e observando o
enorme potencial turístico na área que será impactada com a construção da barragem
e casa de força, podendo assim aniquilar com uma indiscutível oportunidade para
a rede hoteleira sediada no centro urbano do município, possa ano futuro
diversificar suas atividades econômicas.
08 –
Considerando que consta na ata da REUNIÃO PÚBLICA de 13 de dezembro de 2013, a
manifestação dos representantes do poder executivo e do conselho municipal de
meio ambiente da época, a saber, os senhores Jarbas Teixeira Borges Júnior,
vice-prefeito e membro do conselho municipal do meio ambiente, o senhor Sávio
Saboia da Fonseca, então secretário de indústria, comércio, TURISMO e CULTURA,
e o senhor Sebastião Ferreira Vieira, então secretário de agricultura e MEIO AMBIENTE,
se contentando tão somente com a hipotética geração de empregos em Bom Jesus do
Itabapoana na construção da PCH, como único benefício ou contrapartida a ser
recebida pelo município, restando indiscutível que preservar os patrimônios
naturais visando a exploração sustentável pelo turismo no futuro, é mais
assegurado do que algumas poucas dezenas de empregos temporários e de baixa
remuneração que HIPOTETICAMENTE seriam gerados.
09 –
Considerando o mais grave, que é o impacto social gerado nas comunidades que
sediam os canteiros de obras desses projetos, tendo já vividos em Bom Jesus do
Itabapoana experiências extremamente negativas em Calheiros e Barra do
Pirapetinga, em face das construções das PCH’s “Calheiros” e “Pirapetinga”.
10 –
Considerando o recente tombamento das ruínas hidráulicas da Cachoeira Santa
Rosa, patrimônio histórico, cultural, turístico e material com 102 de existência
e que ainda é objeto de estudos arqueológicos.
11 – Considerando
que ATUALMENTE, a Cachoeira Santa Rosa, a Prainha do Alceste e a Ilha Caeté, já
se consolidaram como pontos turísticos para jovens dos bairros Santa Rosa e
Sebastião Pimentel Marques na temporada de calor, além da pesca esportiva, que
é praticada por muitos que frequentam as margens do rio para se descontraírem com
a pescaria.
Mediante ao
acima exposto, #NenhumaPCHaMais!
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