No C.E. Padre Mello, comunidade escolar vive a insegurança com a possível extinção do turno noturno
Ainda há quem especule que esta medida, seria o primeiro passo para a total extinção do educandário estadual
No dia 17 de
março de 2021, a diretora geral do Colégio Estadual Padre Mello recebeu um
comunicado através de dois contatos, um por WhatsApp e outro por telefone,
sendo realizado por integrante da secretaria de estado de educação, informando
sobre um plano de readequação operacional e orçamentário na rede de ensino
estadual.
Segundo
ainda foi informado nos comunicados, é que a diretora geral deveria convocar
uma reunião urgente para repassar as informações a toda direção da escola, e
com o comunicado que devido ao baixo número de estudantes, o turno da noite
será extinto, com os alunos tendo as opções de escolha mudança de turno, de
escola e uma terceira opção a qual não cheguei a anotar, mas que todas elas
direcionam de forma que o estudante e seus familiares concordem com tal
decisão.
Salienta-se
que, uma medida de tamanho impacto nas vidas de todos os envolvidos, deveria ser
oficiada formalmente e jamais comunicada por WhatsApp ou por telefonema, fato é
que a reação foi imediata entre professoras e alunos que agendaram uma reunião
na sexta-feira (19/03), e com todos os presentes deliberando de forma contrária
a extinção do turno da noite.
No mínimo,
podemos desconfiar que tal procedimento da secretaria de estado de educação, se
dá em um momento sem justificativa alguma, pois não há o que se falar em
readequação orçamentária em uma pasta que está parcialmente inativa, tendo por
conta da pandemia uma significativa redução do custeio das escolas sem a
despesa com transporte de alunos, e ouras como água e energia elétrica, e é
justamente em um momento quase impossível de se mobilizar professoras, alunos e
familiares devido a pandemia, que o governo do estado decido tomar uma medida
tão contraditória.
Cabe
recordar, que em passado muito recente o imóvel da Escola Municipal Anacleto
José Borges quase foi entregue a um grupo privado, que supostamente iria alugar
para uma faculdade de medicina de Itaperuna, e com a repercussão negativa do
fato, o governo do estado recuou e renovou a concessão por mais vinte ou trinta
anos, resultando na faculdade de medicina ter ficado sem possibilidade de se
sediar em Bom Jesus do Itabapoana, e agora com essa história da possível
desativação integral do C.E. padre Mello, a inquietação se torna inevitável.
Ressalte-se
ainda que, em educação não se fala em gastos, e sim INVESTIMENTOS, para
justamente o poder público garantir educação de qualidade para qualquer
quantidade de alunos que estejam matriculados ou a procura de estudo, e no caso
em tela, trata-se de uma turma com quase trinta alunos que precisam do curso
noturno, e este que pretendem extinguir é o único regular do município.
Finalizando¹, os participantes da reunião assinaram um manifesto contrário a extinção do turno da noite, no qual será anexado a ata da reunião do dia 1703 e enviado a secretaria de estado de educação.
Finalizando²,
ainda estou colhendo informações sobre a possível extinção do Colégio Estadual
Euclides Feliciano Tardin, que conta com dois turnos de ensino, manhã e tarde,
e que todos os alunos seriam remanejados para a Escola Estadual Governador
Roberto Silveira, no entanto, trata-se de informação ainda a ser confirmada.
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