Sergim-sirí caloteia a coleta de lixo desde janeiro, e funcionários estão com salário em atraso

Não é por falta de dinheiro, falta competência administrativa para o secretário de obras


Quando se confirmou que o atual governo manteria o contrato de prestação de serviço de coleta de lixo e limpeza urbana com a JL & M, eu ponderei que se designar um engenheiro correto para aferir os boletins de medição dos serviços prestados pela empresa, certamente que esta desistiria do contrato, isso porque é histórico o esquema de desvios de recursos públicos neste tipo de contrato, tornando viável somente se os boletins forem turbinados.

Consultando o Portal da Transparência da prefeitura, identifiquei que somente um mês de serviço prestado foi pago a empresa JL & M, em dois pagamentos nos dias 09/03 e 31/03, com valor total de R$ 436.041,85, que se refere a serviços prestados no mês de dezembro de 2020, ao mesmo tempo que os repasses dos royalties de petróleo tiveram significativo aumento a partir de fevereiro deste ano.

A tramitação administrativa para efetuar os pagamentos pelos serviços prestados pela terceirizada é complexa, necessitando que um engenheiro da prefeitura seja designado para acompanhar a prestação de serviço e atestar a realização efetiva nos boletins, para aí se iniciar o processo de pagamento, que se consuma no mês seguinte ao serviço prestado, sempre em duas parcelas uma na primeira quinzena e outra no final do mês. Portanto, a JL & M apesar de estar prestando regularmente com o serviço de coleta de lixo, e parcialmente o de limpeza urbana, ela está sem receber da prefeitura durante todo este ano de 2021, referentes aos meses trabalhados de janeiro, fevereiro, e março que já deveria ter sido pago a primeira parcela.

O vereador Samuel Júnior, que teria recomendado o secretário de obras “comer-tomate-crú”, justificou a receita em face de um desentendimento que teve com o dr. Maurício por este estar devendo uma limpeza geral no bairro Santa Rosa há três meses, segundo alegou o vereador concluindo sua abordagem informando sobre essa situação de inadimplência da prefeitura com a empresa terceirizada da coleta de lixo e limpeza urbana.

A esculhambação pública que se instituiu em Bom Jesus do Itabapoana tem variados reflexos, em todos os setores governamentais, e agora temos esta bomba da coleta de lixo e limpeza urbana explodindo em duas vias, a do abandono público nas ruas bom-jesuenses, e o agravamento da crise econômico com o comércio sendo ainda mais asfixiado pelo governo-velhaco, que ainda não pagou os RPA’s de dezembro, e agora está dando calote na terceirizada que garante emprego para aproximadamente cento e vinte funcionários.

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