Um dos mais valiosos patrimônios culturais de BJI, entregue ao descaso de todos
Um achado arqueológico magnífico descoberto em 2017, foi abandonado e esquecido por seus descobridores
Quando os
militantes culturais ainda lamentavam o fato de uma máquina da prefeitura ter destruído
o forno indígena localizado em Calheiros, no ano de 2003, tivemos a alvissareira
descoberta e outro forno colonial, este localizado na chegada do Santuário de Aparecidinha,
também em Calheiros, e diferente daquele que foi destruído, este teve o cuidado
do proprietário da área em alertar a associação de moradores local e ter
interrompido o trabalho realizado por uma retroescavadeira no local.
Além da
descoberta da câmara de combustão do forno praticamente intacta, encontrou-se
em seu interior e no entorno alguns artefatos de pedra, possivelmente utilizados
como ferramentas indígenas e muitos pedaços de cerâmica, que foram recolhidos e
entregues ao arqueólogo Cláudio Prado, então presidente do Instituto do
Patrimônio Arqueológico do Rio de Janeiro e atualmente presidente do INEPAC,
Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural do RL, chegando a ser
realizado na época um evento no Espaço Cultural Luciano Bastos para apresentar
a novidade com a realização de uma palestra sobre educação patrimonial.
A partir do
momento em que se descobre um achado arqueológico de tamanha relevância e em
ótimo estado de conservação, o segundo passo a ser dado, depois de convidar um
arqueólogo para registrar o local e coletar materiais, seria providenciar um
cercado com uma placa informativa sobre o achado e o que está sendo
providenciado, mas lamentavelmente o forno indígena de Calheiros se transformou
em uma lixeira, me proporcionando o constrangimento de me deparar com essa cena
quando eu levava um amigo do Rio de Janeiro que é professor de geografia e “geo-guia”, na sexta-feira
23 de julho.
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