Envaidecido, externo minha gratidão ao PROFESSOR Roberto Cremonez

Iniciativa do professor do Colégio Padre Mello, deveria ser instituída como política pública em todas as escolas



Roberto Cremonez Vogas é professor de educação física concursado, leciona no Colégio Estadual Padre Mello, e participa de atividades extracurriculares de disciplinas diversas do educandário...

...como neste curso que está ministrando a distância, no “Projeto de Vida – FIC II", para alunos do 1º ano do ensino médio, com média etária de 15 anos... 

...e o tema abordado é sobre as belezas naturais de Bom Jesus do Itabapoana, tendo como conteúdo didático duas reportagens recentes deste blog...

...uma sobre as consequências da construção da PCH Bom Jesus entre a Ilha Caeté e a Prainha do Alceste, e a outra catalogando dezoito cachoeiras da Serrana-BJI.


No mosaico acima, doze, das dezoito cachoeiras catalogadas na Serrana-BJI


A iniciativa do Professor Roberto deveria ser obrigatória para todas escolas, sejam as públicas ou privadas, na disciplina de geografia por exemplo, deveria ser obrigatória a abordagem sobre nossas regiões, serrana e planície...

...quando se aborda a geografia nacional e global, teríamos que concluir a aula sempre fazendo comentários e dissertações sobre nossa geografia, por exemplo, todas as crianças aprendem no ensino fundamental sobre o Pico da Bandeira...

...que ele é o terceiro mais alto do Brasil e que se localiza no Parque Nacional do Caparaó em MG, mas nenhum professor conclui que o Pico da Bandeira está tão perto de Bom Jesus, que é possível visualiza-lo da estrada da Santa Fé em Rosal ou da Pedra do Creto em Calheiros...

...e muito menos se aborda sobre os três pontos mais altos de BJI, a propósito, quantos professores de geografia de BJI conhecem a Estrada da Santa Fé ou a Pedra do Creto?


O Pico da Bandeira em último plano, registrado da estrada da Santa Fé, em Rosal

Creio ser muito provável que, boa parte da direção, professoras, serventes, merendeiras e estudantes da Escola Estadual Governador Roberto Silveira, sequer devem saber que ele é nascido em Bom Jesus do Itabapoana...

...em Calheiros mais precisamente, e que seu prestígio político era tamanho, que mesmo depois de morto, seu legado foi capaz de eleger seu irmão, Badger Silveira, também como governador do estado... 

...sem nunca antes ter disputado uma eleição, a propósito², quantos professores de história de Bom Jesus do Itabapoana conhecem com substância Badger Silveira?...

...creio ser factível que ninguém na Escola Estadual Governador Roberto Silveira, saiba que nosso governador estaria sendo preparado para ser o sucessor de João Goulart na presidência da república, ou que pouco possam ter ciência da existência do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira em Calheiros.


Mosaico de momentos de Roberto Silveira em viagens internacionais e com personagens históricos da política nacional, imagens e legendas extraídas do blog do jornal O Norte Fluminense (clique na imagem e amplie)

Também provoco aqui a todos que frequentam o Colégio Estadual Padre Mello, sobre o percentual daqueles que sabem a respeito do homenageado, muito além do sacerdócio...

...que ele foi um gênio criativo que formatou nossa sociedade em muitos aspectos, como o urbanístico com ele sendo arquiteto, na participação da criação do jornal A Voz do Povo e na luta pela definitiva emancipação de BJI, dentre tantos papéis exercido pelo português açoriano Antônio Francisco de Mello.

Podemos verificar em um vídeo veiculado no canal da E.E. Governador Roberto Silveira sobre a história de Bom Jesus do Itabapoana, em homenagem aos festejos da Festa de Agosto com excelente conteúdo, mas com uma linguagem que poderia ser adaptada dentro de nossa realidade histórica...

...como o termo utilizado para citar nossa PRIMEIRA emancipação em 1890, que durou dois anos, portanto, não se trata de uma “emancipação frustrada”, como é abordada no vídeo, o processo de emancipação foi indiscutivelmente exitoso...

...a permanência de BJI na condição de município é que foi comprometida por fatores políticos externos, que em momento algum causou frustração em nossa sociedade, e sim INDIGNAÇÃO...

...a ponto de forçarmos Itaperuna a criar uma estrutura administrativa própria para Bom Jesus, inicialmente no histórico Edifício Seródio na praça Governador Portela.


Padre Mello, Gal. Fernando da Costa e comitiva no Palácio do Ingá, em Niterói (RJ), para reivindicar a autonomia de Bom Jesus do Itabapoana. Foto da década de 1930 (acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos) - foto e legenda: blog do jornal O Norte Fluminense/BJI

Posso conjecturar que somente se permitiu a construção de duas PCH’s e uma UHE em nossa região serrana a partir de 1999, sem que isso tenha resultado em qualquer benefício para BJI...

...seja o mais claro indicador que foi o desconhecimento do bom-jesuense sobre o rio Itabapoana na serra de BJI, que o fez relaxar com o escárnio que foram as instalações dessas usinas...

...para a maioria dos bom-jesuenses, o rio Itabapoana é o mesmo agonizante e poluído em todo seu percurso, e não só a partir de nosso perímetro urbano, a maioria absoluta dos bom-jesuenses não tem a menor ideia do quantitativo de pontos turísticos em nosso rio...

...hoje temos uma sociedade se mobilizando pela defesa do rio e contra PCH’s não por conta do aprendizado escolar dessa nova geração de bom-jesuenses, e sim por conta da mobilização deste blogueiro/ativista e outros personagens e veículos da imprensa estão fazendo, notadamente o jornal O Norte Fluminense e a revista O Empresário.



A iniciativa do Professor Roberto me deixa envaidecido, pois muito mais do que cliques e anunciantes, meu trabalho somente vale o esforço com este objetivo, apresentar Bom Jesus do Itabapoana aos bom-jesuenses...

...e mais importante ainda, é poder compartilhar conhecimento com nossos jovens da rede pública, sugerindo aqui também que todas as escolas passam a adotar visitações ao Espaço Cultural Luciano Bastos como grade curricular sobre nossa terra, como início de um processo der inserção de Bom Jesus do Itabapoana nas escolas bom-jesuenses.

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