Obra de saneamento | Audiência pública somente entre moradores e vereadores

Diz o ditado que tudo na vida tem limites, mas ultimamente a sociedade bom-jesuense, mais precisamente os cidadãos, contribuintes e eleitores residentes no bairro Lia Márcia tem experimentado a perturbadora sensação que no setor público, a impunidade estabelece que as mazelas públicas não tem limites, quando temos um governo irresponsável e corrupto.

Digo isso com clareza e tranquilidade, pois desde março de 2013 que venho publicando no blog todas as fases desenvolvidas desde o processo licitatório desta empresa. 
Já no certame da concorrência pública eu havia detectado vícios no processo, em que logo no primeiro questionamento deste vício, o governo imediatamente adiou a concorrência, sendo que a mesma somente foi licitada no mês de julho de 2013.

Entre os meses de março e dezembro de 2013 eu publiquei DOZE artigos sobre os diversos aspectos causadores do transtorno desta obra, desde o processo licitatório até a execução da obra. 

Neste período eu enviei duas representações ao Ministério Público Federal, e protocolei na câmara dos um requerimento reivindicando que se colocasse em discussão e votação a realização de uma audiência pública entre os moradores do bairro caótico, o servidor público nomeado como fiscal da obra, o presidente do SAAE e um dos engenheiros responsáveis pela execução da obra.

O requerimento foi lido parcialmente no expediente do dia, e até hoje não foi submetido a apreciação da plenária.
O documento que protocolei na câmara estava minuciosamente detalhado em todos os tópicos a serem debatidos, indicando todas as pessoas necessárias para o evento, e os vereadores, salvo Ricardo Aguiar e Celso Rezende que cobraram do presidente, nenhum outro vereador se manifestou pela leitura do requerimento.

É lamentável que mesmo oferecendo informações detalhadas ao longo de 2013, somente no final de fevereiro de 2014 que a câmara decidiu promover a audiência pública e tomar providências.

A câmara foi tão letárgica neste  processo, que mesmo testemunhando todos  os passos do esquema armado nesta obra, os vereadores quando resolveram agir, tanto a empresa como o poder executivo já sugaram tudo que tinham disponível chegando ao ponto de DESPREZAR o legislativo. 

A empresa Deiferson de maneira debochada enviou um ofício no dia 27 de fevereiro comunicando a impossibilidade de participar da audiência pública por ter decretado férias coletivas na empresa, nada mais absurdo, tanto que em momento algum a obra parou.
O poder executivo também desprezou o poder legislativo ao enviar um ofício indicando seu representante, e mesmo assim na audiência pública realizada nesta quinta feira não contou com nenhum representante do poder executivo.

Essa desmoralização vivida por nosso legislativo é resultado da postura omissa e subserviente que o mesmo adotou na maior parte de 2013, em que o mesmo teve a oportunidade de fazer valer seu poder fiscalizador, e jogou CINCO processos investigativos para debaixo do tapete da imoralidade, e mesmo com todos os DOZE alertas que ofertei aos nobre edis, eles permaneceram omissos durante todo o ano, salvo poucas exceções já citadas nesta publicação.
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Segue abaixo os links das reportagens publicadas ao longo de 2013


Março de 2013


Julho de 2013



Novembro de 2013



Dezembro de 2013







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