Fatalidade em Calheiros | Deslizamento faz duas vítimas, um faleceu e outro está fora de perigo

Um deslizamento de terra nas escavações para a construção da base de sustentação da ponte de Calheiros, fez de um trabalhador mais uma vítima fatal para alimentar as estatísticas de acidentes de trabalho.

O senhor Jomar, de aproximadamente 50 anos e residente na localidade de Pureza, distrito de São Fidélis foi soterrado por um deslizamento de terra e veio à óbito, outro funcionário da empresa Premag Engenharia, que segundo informações a serem confirmadas é de Rosal, e trabalha como técnico de segurança de trabalho está fora de perigo, ele teve suas pernas fraturadas, e está no hospital estadual de São José do Calçado/ES.

Ainda não se sabe as causas que ocasionaram o deslizamento, porém suspeita-se que a passarela construída pelo DEER ao lado da obra tenha alguma relação com o fato, se observarmos que esta passarela é flexível, podemos imaginar que seu movimento com a travessia de pessoas pode refletir nas estacas de sustentação da mesmas que estão fincadas diretamente no solo. 

O local em que ocorreu o desmoronamento é justamente ao lado de uma das extremidades da passarela, que por coincidência é a extremidade da parte mais alta da passarela, o que leva a ter um sobrepeso vindo da extremidade mais baixa, forçando a base da parte alta fincada no solo, estaríamos diante da possibilidade desta passarela ter comprometido a estrutura do solo no local do deslizamento.

Se analisarmos que a passarela de CONCRETO ARMADO que liga os bairros Lia Márcia, em Bom Jesus do Itabapoana, e Silvana em Bom Jesus do Norte Não é permitido o tráfego de motocicletas, esta passarela construída a base de madeira e vergalhões de ferro com suas bases fincadas diretamente no solo, esta não deveria permitir sequer a travessia de bicicletas.

Foto: Perfil Facebook de Geisa Oliveira
E o que é rotina nesta passarela construída pelo DEER é justamente a travessia constante de motocicletas de quem transita na RJ 230, para os motociclistas a rotina não se alterou com a abertura da cratera em dezembro de 2013, eles continuam trafegando pela rodovia entre Rosal e as demais localidades utilizando diariamente esta passarela.

No momento em que registrei as imagens já havia uma fica isolando a passarela, espero que a mesma seja interditada em definitivo e que se construa outra no lugar onde está a que foi construída pelos moradores de Calheiros em dezembro.


Há de se apurar com rigor as causas que levaram a este acidente de trabalho fatal, uma vida se foi em uma obra de responsabilidade do estado do Rio de Janeiro. 

Se confirmado que houve erro de cálculo na construção e na manutenção desta passarela tão próximo do local das escavações, os responsáveis tanto do estado como da empresa tem que ser punidos com o mesmo rigor se fosse uma obra da iniciativa privada.

O cheiro de negligência paira com força no ar, e para deixar mais instigante ainda a suspeita por omissão ou negligência, em janeiro de 2014 eu havia publicado sobre as duas passarelas que estão sendo utilizadas no local da obra, por enquanto ainda não podemos afirmar que o deslizamento de hoje está associado a esta passarela construída pelo DEER, mas o risco de algo pior ocorrer é real se essas duas passarelas permanecer como estão.

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