Comportamento humano | O trote perverso

Em tempo de muitas discussões e debates eleitorais no qual o cidadão sempre coloca os políticos na berlinda por conta de suas condutas na condição de agentes públicos, vou abordar nesta publicação um gravíssimo problema de saúde pública, com a inusitada inversão de papéis com o poder público cumprindo com sua parte e o cidadão comprometendo vidas por conta de uma “brincadeira delinquente”, o famoso trote telefônico.

Acontece que o trote telefônico que menciono neste artigo tem atacado as centrais de atendimento emergenciais do SAMU em todo o país, conforme reportagem ilustrada que informa que em Porto Alegre-RS cerca de 20% das ligações atendidas nas centrais telefônicas do SAMU são trotes e na mesma reportagem ainda salienta que este índice é um dos melhores do país, tem cidades que os trotes chegam aos 40% das ligações atendidas. 

http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2014/08/samu-identifica-homem-de-39-anos-que-passou-tres-mil-trotes-em-2014-4584648.html
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Quando eu residia em Vila Velha certa vez conversei sobre este tema com um operador da central telefônica do SAMU de Vitória, e na ocasião em 2010 ele me informou que os trotes chegavam a absurdos 60%.

Agora imaginam vocês a irresponsabilidade deste ato delinquente que ocupa um tronco de comunicação de um atendimento médico emergencial, observando que até o operador da central identificar que se trata de um trote, dezenas de ligações de emergências graves e reais deixam de ser atendidas, levando perda de muitas vidas.

As cidades que contam com este tipo de serviço de emergência telefônica tem promover amplas campanha de conscientização e combate  a esta repugnante prática delinquente e irresponsável que expõe vidas em risco, trata-se de um comportamento humano incompreensível, a não ser pela total ausência de cultura cidadã em nosso país.

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