Comportamento humano | O trote perverso
Em tempo de muitas discussões e
debates eleitorais no qual o cidadão sempre coloca os políticos na berlinda por
conta de suas condutas na condição de agentes públicos, vou abordar nesta
publicação um gravíssimo problema de saúde pública, com a inusitada inversão de
papéis com o poder público cumprindo com sua parte e o cidadão comprometendo
vidas por conta de uma “brincadeira delinquente”, o famoso trote telefônico.
Acontece que o trote telefônico
que menciono neste artigo tem atacado as centrais de atendimento emergenciais
do SAMU em todo o país, conforme reportagem ilustrada que informa que em Porto
Alegre-RS cerca de 20% das ligações atendidas nas centrais telefônicas do SAMU são
trotes e na mesma reportagem ainda salienta que este índice é um dos melhores do
país, tem cidades que os trotes chegam aos 40% das ligações atendidas.
Clique na imagem e leia a matéria |
Quando
eu residia em Vila Velha certa vez conversei sobre este tema com um operador da
central telefônica do SAMU de Vitória, e na ocasião em 2010 ele me informou que
os trotes chegavam a absurdos 60%.
Agora imaginam vocês a
irresponsabilidade deste ato delinquente que ocupa um tronco de comunicação de
um atendimento médico emergencial, observando que até o operador da central identificar que se
trata de um trote, dezenas de ligações de emergências graves e reais deixam de ser
atendidas, levando perda de muitas vidas.
As cidades que contam com este
tipo de serviço de emergência telefônica tem promover amplas campanha de
conscientização e combate a esta
repugnante prática delinquente e irresponsável que expõe vidas em risco,
trata-se de um comportamento humano incompreensível, a não ser pela total
ausência de cultura cidadã em nosso país.
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